quinta-feira, julho 20, 2006

Estamos fritos

Quando os papás se revelam incapazes de educar os fifis; quando aceitam o tratamento por ‘tu’ para se porem ao mesmo nível, para não parecerem distantes ou autoritários; quando a preocupação dominante é aceitar tudo para não traumatizar as pobres criancinhas...estamos fritos!
Quando os professores sentem dificuldade em avaliar os alunos; quando lhes insuflam a ideia de que nasceram com imensos direitos e poucos deveres; quando, por um acaso, se atrevem a repreender com mais vivacidade um aluno, básicamente mal-educado, e se arriscam no acto, a sofrer injúrias ou agressões; e quando, em seguida, os papás secundam a má criação do menino...estamos fritos e cozidos!
Quando a autoridade pública se mostra incapaz de a exercer ou quando a exerce poupa sempre os mais fortes; quando o estado e os seus agentes dão de si próprios terríveis exemplos a uma sociedade atreita a reproduzir tudo o que vê; quando finalmente o poder judicial, inamovível, e que é suposto ser independente do poder político, se mostra incapaz de decidir em tempo útil qualquer diferendo, por mais simples que seja, aparecendo entretanto envolvido em fenómenos sociais pouco recomendáveis...estamos fritos, cozidos e assados!!!
Vem este arrazoado a propósito de quê?
O almoço é peixe frito, e o cheiro invade esta casa portuguesa, entra alegremente por onde pode, entranha-me como um perfume irresistível, grito por socorro, mas ninguém me ouve, estou a ser asfixiado...
Por mim, estou almoçado.

Sem comentários: