quarta-feira, outubro 11, 2006

Dúvida fatal

Estou de facto indeciso sobre o tema!
Temos os discursos da corrupção na tomada de posse do Procurador. Temos o ataque à Madeira. Temos uma série de coisas sem importância!
Também podia estar quieto, não escrever nada, poupava-se tempo e paciência, mas fui apanhado em falso.
Ouvi aquilo outra vez, a pergunta fatal: então meninos quem foi o maior português de todos os tempos?! Traduzi para o melhor, porque à primeira vista, não me pareceu uma questão de centímetros.
Era o som familiar da sociedade recreativa dos comemorativos, era a primordial impotência que se apresta para mais um concurso da televisão! São os nossos óscares e não fazemos a coisa por menos – vale tudo, desde o Afonso Henriques até ao Sócrates português. Também valem os naturalizados, como por exemplo o Obikvelu. Se não estiver bem escrito não faz mal.
O tema tem de ser este.
O que me faz espécie, é a ideia em si, de onde terá partido, o que pretende obter! Será uma ingenuidade, uma parvoíce, ou querem embalsamar algum contemporâneo! Ou será simplesmente mais uma manifestação de nacionalismo bacoco!
Preciso de investigar e começo por uma hipótese: os autores de tão estupenda ideia devem ter em mente um arquétipo de qual seria o português ideal, e esse perfil não se pode afastar muito dos seus heróis do quotidiano.
Podemos imaginar: - o género não interessa, masculino ou feminino desde que não seja convicto; há-de votar pelo aborto; será laico e republicano; mora no bloco central; é democrata desde pequenino; europeu até à medula; divorciado ou mãe solteira; benfica ou sporting; etc. e etc.
Se não me enganei, podemos eliminar oito séculos de história, para fixarmos a nossa atenção nos vultos da república!
Mário Soares ou Maria Elisa?
Amália Rodrigues era católica e do Belenenses, não serve.
Afonso Costa é grande candidato e responde práticamente a todos itens! Só não sei se era divorciado!
Mas pode acontecer uma surpresa contra curricular, e então talvez ganhe Salazar.
Convenhamos que face à concorrência não é difícil.
Saudações monárquicas.

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