sexta-feira, maio 28, 2010

Aljubarrota golden share

Hesitei na data, mas lembrei-me dos apartes horrorizados do João Bosco quando por mero acaso se falou num dia 28 de Maio qualquer – estávamos a ver a comissão de inquérito, o depoente entrou em amnésia, e Mota Amaral só lhe faltou dar um gritinho e benzer-se! Parecia que tinha visto (ouvido) o diabo! Ridículo. Detesto os grandes democratas e sei porquê - à primeira oportunidade aplicam-nos a lei da rolha – vidé decisão sobre as escutas.
E assim como detesto os grandes democratas começo a compreender a necessidade de algumas datas quanto mais não seja para conter o histerismo liberal.

E por falar em histerismo, uma das conquistas de Abril, largamente papagueada por tudo o que é canto, é a ambição extrema de terminar a carreira (e a vida) no Real Madrid! Se não for possível no Real, ao menos em Madrid. E isto vale para qualquer profissão ou obra pública. Foi assim com Figo, é assim com Ronaldo, vai ser assim com Mourinho, e até o TGV tem que chegar a Madrid de qualquer maneira, nem que seja a partir do Poceirão!
Mas este namoro castelhano também tem os seus arrufos como parece ser agora o caso entre a Telefónica e a Portugal Telecom… com o Brasil pelo meio. E aqui não há Tordesilhas que nos valha. Isto é mais grave, e anterior, é mesmo Aljubarrota.
Oportunidade que Sócrates não desperdiça para fazer o seu número patriótico! Encheu o peito, formou em quadrado, e ameaçou com a golden share. E desta vez disse a verdade aos portugueses – a PT é uma empresa estratégica, tal como o Tagus Park poderia ter sido!
Desde que se calem as Manuelas…

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