quarta-feira, fevereiro 02, 2011

‘São tantos… que não podem ser tantos’

Fernando Pessoa imortalizou a expressão aludindo à impossibilidade de sermos todos iguais, pese a fraqueza geral que nos leva a querer ser todos iguais, ou seja, iguais a zero. A doença piora quando nos damos conta que esta fraqueza aparece disfarçada de força, sempre que pode e quando convém! A verdade (verdadinha) é que bastou abrir a televisão, meia dúzia de segundos, se tanto, para surpreender os três canais noticiosos enfiados num hotel de Vila Nova de Gaia onde se hospeda, imagine-se, o Benfica! Mais, uma locutora, visivelmente emocionada, para não dizer outra coisa, virou-se na cadeira com tanto entusiasmo que vi jeitos da senhora partir também para o dito hotel!
Mas o que é isto? É só alienação? Ou é mais qualquer coisa?
Enfim, fico espantado com tanta anormalidade, e eu, que sempre frequentei o futebol (que fui praticante federado na minha juventude) começo afastar-me deste fenómeno verdadeiramente doentio, que não tem nada a ver com futebol e com quem o entende numa óptica de normalidade desportiva.
Lá está… “são tantos, que não podem ser tantos”!

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