terça-feira, agosto 30, 2011

Os impostores

A expressão ‘imposto’, já de si, tem uma raiz antipática, tem a ver com imposição, quantas vezes excessiva e injusta. Mas se à expressão juntarmos um pequeno país republicano, governado por uma minoria de espertalhões, chegamos rápidamente a outro conceito também desagradável, ou seja, chegamos à ideia de ‘impostor’!
Digo isto (com pena) a propósito da vozearia que todos os dias promete um novo imposto aos portugueses, alguns mais velhos que a Sé de Braga. E não foi em Braga, mas em Campo Maior, que o próprio Chefe de Estado resolveu ressuscitar o imposto sobre a herança, o que é compreensível num regime cuja única herança será um acervo de dívidas legadas à posteridade! Mas ainda assim, sua Excelência enganou-se e teve que ser corrigido. Não sabia que o imposto de selo veio substituir (com excepção das transmissões entre pais e filhos) o antigo imposto sobre sucessões e doações. Em Portugal é assim, os impostos não morrem, e se morrem, ressuscitam com outro nome e ligeiras alterações.
Tanta confusão por causa dos ricos! Os únicos que nunca sofrerão qualquer moléstia, venham os impostos que vierem, venham os impostores que vierem.

Saudações monárquicas

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