sexta-feira, setembro 30, 2011

Juízas, procuradoras, mulheres polícia…

Eu devia escrever qualquer coisa sobre a prisão do Isaltino, dizer que o acho simpático, que um dia me ofereceu um lápis e uma borracha, um emblema do PSD, quando incidentalmente me encontrou numa pastelaria de Algés (pertence a Oeiras) numa qualquer campanha eleitoral autárquica. A partir desse dia, embora não seja eleitor em Oeiras, fiquei, repito, a simpatizar com o homem. Em todo o caso faz-me espécie porque é que o tinham que prender agora!

Mas adiante porque o tema hoje prende-se com as profissões e as vocações, assunto pertinente que será aqui tratado como é costume, ou seja, de forma politicamente incorrecta, levemente ‘discriminatória’, e com aquele toque machista que dá sabor à vida. Dito isto, e em termos ocupacionais, eu vejo a mulher sentada à cabeceira dos doentes, vejo-a a dirigir uma creche, admiro-a à frente de uma lavoura, em casos excepcionais à cabeça de uma revolta popular, estilo Maria da Fonte, vejo-a também como chefe de estado se for rainha (não eleita portanto), mas já não a vejo como mulher polícia, procuradora, juíza e em todos aqueles cargos que exigem frieza e a capacidade de pôr o coração de lado. Capacidade que a mulher, se for mulher, normalmente não tem. E ainda bem. Daqui não se infira que associo o estado (calamitoso) da justiça em Portugal ao aumento exponencial do elemento feminino nos respectivos quadros decisórios. Não vou tão longe, mas que convinha pensar no assunto, disso não tenho dúvidas.


Saudações monárquicas

quinta-feira, setembro 29, 2011

Por cima ou por baixo da mesa, eis a questão?!

A história das sociedades humanas é relativamente simples e não mudou muito desde a antiguidade. A lei do mais forte prevalece, apenas temperada por mais ou menos justiça consoante a maior ou menor coesão da respectiva comunidade. E também não é novidade se disser que os regimes monárquicos (porque o rei é árbitro livre e imparcial) asseguram sempre maior coesão social, portanto maior justiça. Conclusão simples que há-de incomodar os defensores da actual situação, especialistas em argumentos que lhes garantam o acesso (desinibido) à gamela do Estado.



Explico melhor: - o rei distribuía cargos e benesses por cima da mesa, à vista de todos, de forma transparente, com erros por certo, mas o facto é que a comunidade aceitava a decisão régia por estar convencida que era esse o superior interesse da Grei. E na maior parte das vezes era isso que acontecia. A prová-lo atente-se nos alicerces que vêm garantindo a longevidade da Pátria.
Assim descrito, o rei era o grande obstáculo à ganância das várias maçonarias, e dos vários interesses ocultos que as justificam. Havia pois que matar o rei e foi o que fizeram.



A partir deste momento a distribuição de cargos e benesses seguiu outros caminhos, mais democráticos, segundo a propaganda, mais ínvios, segundo a observação da realidade. Para que o processo assuma uns resquícios de legalidade todos os dias se fabricam leis e constituições, e todos os dias ficamos com a certeza que essas leis não se aplicam a 'irmãos' e afins. Uma novela laboriosamente tecida e articulada... por debaixo da mesa! Presumimos que é assim, não podemos provar. Mas de que outra forma poderia ser se estamos a falar de sociedades secretas?! Onde ninguém é responsável, nem é possível responsabilizar ninguém! Em suma, um sistema perfeito para a 'irmandade' mas muito imperfeito para Portugal e para os portugueses. Os resultados estão à vista. Coesão social não existe, a independência económica foi-se, a independência politica segue o mesmo caminho.






Nestas circunstâncias, pergunto: - ficámos a ganhar com a troca? Queremos continuar a ser ludibriados… por baixo da mesa?

Saudações monárquicas

quinta-feira, setembro 22, 2011

Ataque à Madeira

Existem dois personagens neste Portugal contemporâneo que suscitam no continente grande unanimidade e animosidade – Jorge Nuno Pinto da Costa e Alberto João Jardim. Um facto indesmentível.
Já uma vez escrevi sobre o tema e ontem como hoje a pergunta mantêm-se: - afinal quais são as verdadeiras razões do ódio continental, no caso de Jardim, e do ódio lisboeta (e não só), no caso do presidente do FC Porto!
A resposta que dei na altura ainda serve: - são dois portugueses que contribuíram para o enorme sucesso, cada um na sua área, dos projectos que encabeçaram. Mais, desenvolveram a respectiva actividade, e aqui ninguém se atreverá a negá-lo, tendo apenas em vista os projectos e não as suas próprias pessoas ou outros interesses mais ou menos ocultos.
Pinto da Costa pôs sempre o FC Porto à frente de tudo e Alberto João pôs sempre os interesses da Madeira à frente de tudo! À frente dos partidos, das lojas e das capelinhas. Quem, durante este tempo que já leva o regime de Abril, poderá dizer o mesmo?! Poucos, muito poucos. Daí a inveja e a tentativa de os abater a qualquer preço. Mas, por ironia do destino, ainda que sejam abatidos, nunca serão esquecidos. Pinto da Costa nunca será esquecido pelos adeptos do FC Porto e até pela cidade; Jardim será sempre lembrado como o madeirense que retirou a Madeira do subdesenvolvimento e a colocou onde deveria estar. Gastou muito?! Talvez demais?! Não sabemos, precisávamos de um termo de comparação e o continente não nos oferece essa possibilidade! Dou um exemplo - quem terá saído beneficiado com o buraco do BPN?! Os próprios?! Os incertos?! A que populações se destinavam os altíssimos juros de tais investimentos?! Quem lucrou verdadeiramente com isso?! Perguntas, e mais perguntas, que (sabemos) nunca obterão resposta.
O contrário de Jardim. Por isso, para quê falar de Jardim?

Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 12, 2011

Bento XVI

Frequentemente o homem cai na ilusão de "transformar as pedras em pães".

Depois de ter posto Deus de parte,
ou de o ter apenas tolerado como uma escolha privada
que não deve interferir na vida pública,
certas ideologias tentaram organizar a sociedade
com a força do poder e da economia.

A história mostra, dramaticamente,
que o objectivo de dar, a todos,
desenvolvimento, bem estar material e paz,
prescindindo de Deus e da sua revelação,
se tornou afinal num dar aos homens pedras em lugar de pão.

*

O pão é "fruto do trabalho do homem",
e nesta verdade está contida toda a responsabilidade
confiada às nossas mãos e ao nosso engenho;
mas o pão é também, e antes de mais nada,
"fruto da terra", que recebe do alto o sol e a chuva:
é dom para ser pedido,
que nos tira de toda a soberba e faz pedir com a confiança dos humildes:
"Pai (....) dá-nos hoje o pão de cada dia"

O homem é incapaz de dar a vida a si mesmo,
o homem só se compreende a partir de Deus:
é a relação com Ele o que dá consistência à nossa humanidade
e torna boa e justa a nossa vida.

*

No Pai Nosso pedimos que seja santificado o Seu nome,
que venha o Seu reino, que se cumpra a Sua vontade.

É, acima de tudo, o primado de Deus que devemos recuperar
no nosso mundo e na nossa vida,
porque é este primado que permite descobrirmos
a verdade do que somos, e é no conhecer e seguir a vontade de Deus
que encontramos o nosso verdadeiro bem.

Dar tempo e espaço a Deus, para que seja o centro vital da nossa existência.


Bento XVI

quinta-feira, setembro 01, 2011

Despedir ou ganhar menos, eis a questão!

Anda tudo a assobiar para o lado, muitas palavras, poucos actos, a tradicional falta de objectividade lusitana, e se isto fosse futebol eu diria que ninguém quer rematar à baliza! Têm medo, pois claro, estamos a falar de funcionários públicos (ou semi-públicos), estamos a falar da vaca sagrada do regime. Quantos são?! Ninguém sabe. O que sabemos é que não podem ser despedidos, e por isso têm uma carreira certinha, os descontos certinhos, ganhando assim o direito a generosas reformas. Generosas quando comparadas com as de outros portugueses que se sujeitaram às leis do mercado de trabalho, quantas vezes obrigados a saltitar de empresa para empresa para continuarem a angariar o respectivo sustento! Para estes portugueses a vida não foi fácil, trabalharam muitos anos em organizações que entretanto faliram, ou sofreram reestruturações, despedimentos colectivos, muitos acabaram no desemprego de longa duração. As reformas destes portugueses não são brilhantes e ficam muito aquém (em igualdade de circunstâncias) das reformas dos trabalhadores da função pública. Porquê?! Porque o Estado, embora falido nunca decretou falência, embora necessitado de um eficaz despedimento colectivo, nunca o admitiu. E chegámos a esta caricata situação em que só é possível atacar a despesa do estado através da receita fiscal! Eu explico: - não havendo hipótese de despedir os funcionários públicos excedentários, a outra possibilidade (plausível e justa) seria estabelecer tectos salariais muito apertados e com efeitos imediatos. Como também não há coragem para isso, o governo espera ir remediando o assunto através do fisco, sabendo que os salários mais altos da função pública (incluindo o pessoal das empresas e parcerias que vivem á conta do estado) se alojam nos escalões também mais altos do IRS. É uma fórmula curiosa mas que apenas adia o problema e o problema não pode ser adiado. Contra esta minha opinião (já estou habituado) veja-se a excitação dos media em defesa desta 'classe média' que ganha mais de quatro mil euros mensais! Se isto é classe média em Portugal (como eles dizem) a que classe pertencem os que ganham o salário mínimo e todos outros (uma grande maioria) que levam para casa menos de mil euros por mês?! Pois é, não sou de esquerda nem a esquerda faz estas comparações.



Nota básica: - O Interregno sabe que em Portugal o Estado foi, é, e sempre será um grande empregador. Mas o Interregno também sabe que há limites e que esses limites eram (noutros tempos) fácilmente estabelecidos através de baixas remunerações. E o sistema funcionava sem prejuizo para o país e com uma dupla vantagem: - em primeiro lugar ninguém ía para o estado para ganhar dinheiro mas sim porque tinha vocação para o serviço público. Em segundo lugar o estado deixava de ser coito de jovens pouco empreendedores e pouco ambiciosos.





À atenção dos partidos políticos, das intersindicais, das maçonarias e demais compadrios.





Sem mais, subscrevo-me atentamente...