segunda-feira, setembro 24, 2012

Tudo governa minha gente!

Assim gosto, uma democracia autêntica, toda a gente a governar, tenha ido a votos ou não, de preferência alguém que a comunicação social aprecie e goste. Todos botam faladura, opinião, as medidas que não podem ser tomadas, aquelas que devem ser tomadas, enfim, o tal país de cigarras que a fábula inventou a pensar em Portugal!


Mas vamos por partes, analisemos (por ordem de importância) os mais destacados e assumidos governantes deste país:


Em primeiro lugar e como todos sabemos governa a troika e enquanto for ela a decidir se manda ou não manda o cheque, é ela que tem efectivamente a última palavra.


Em segundo lugar governa o poder oculto, jacobino, com algumas nuances, agrupado nas várias corporações de interesses, também ocultos. Os seus representantes multiplicam-se em aparições na comunicação social e reconhecem-se fácilmente pelo seu amor entranhado à constituição da república! E de tal maneira a amam e defendem que tudo leva a crer que sem ela (constituição) deixariam de governar! Se a deixavam de amar entretanto e passavam de armas e bagagens para a próxima constituição/situação… é uma incógnita, mas não é nada que já não tenha ocorrido.


Em terceiro lugar governam alguns órgãos ocupados pelos personagens que já governavam… em segundo lugar. Refiro-me à chefia de estado, ao secretismo do seu Conselho, ao ruído que emana da assembleia da república, e aos tribunais superiores. Neste capítulo sobressai naturalmente o tribunal constitucional que espera silenciosamente pelas decisões do governo para as aprovar ou chumbar consoante os interesses que defende.


Em quarto lugar temos as manifestações espontâneas, devidamente organizadas, e as vigílias, cuja função é orientar a política do governo.


Por último, governa o governo eleito, e quer tenha maioria absoluta ou não terá que se sujeitar a quem de facto governa!


É claro que se poderia perguntar para que servem as eleições?! Mas não vale a pena.




Saudações monárquicas

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