quarta-feira, abril 25, 2012

Como se queria demonstrar!

Nem feriado
Nem poema
Nem foguetes
Pelo ar!

Grândola, vila morena
É cantiga de embalar!

Não é o povo que ordena
São as ‘lojas’ a mandar!

Portanto…
Canta baixinho
Pode a ‘criança’ acordar!

domingo, abril 22, 2012

A justiça partidária

Chamam-lhe pomposamente tribunal constitucional, paira acima de todas as coisas visíveis e invisíveis, uma espécie de juiz na terra, e vai-se a ver é mais um embuste parido pela constituição de abril. São treze ‘juizes’, escolhidos pelo centrão partidário, PSD e PS, partidos gémeos que se abastecem nas mesmas ‘lojas’, juizes esses, logicamente maçons!
Admirados com este resultado surgem agora algumas pessoas (que deviam andar a dormir!) a reclamar outra transparência e outra isenção ao dito tribunal! Até o Jorge Miranda, imagine-se, um dos pais da lei fundamental!
Enfim, vamos fazer de conta que está tudo bem, e vamos fazer de conta que acreditamos, e aceitamos, esta solução que passa por nomear mulheres juízas, afastando assim o fantasma da maçonaria!
Com a verdade me enganas, ou tapar o sol com a peneira, são juízos populares que se aplicam neste caso.

Três notas:
1. Não é o facto de pertencer à maçonaria que deve inviabilizar a escolha para o cargo, mas sim o facto de se omitir tal pertença.
2. Também causa algum desconforto a sensação (e mais do que a sensação) de que a grande maioria dos juizes (deste e de outros tribunais superiores) pertencem à maçonaria.
3. Mais do que a reforma da legislação do trabalho, e outras reformas, sem dúvida importantes, é a reforma da justiça aquela que poderá melhorar, quer a coesão nacional, quer a qualidade de vida dos portugueses. Com uma justiça partidária nunca haverá investimento.



Saudações monárquicas

sexta-feira, abril 20, 2012

Uma quota para os católicos!

Isto passa-se em Portugal, outrora terras de Santa Maria, hoje pequena união soviética da europa, enquistada em jacobinismo, aqui dizia, chegámos ao ponto de (práticamente) não existirem católicos, ou que se afirmem como tal, na assembleia da república! Pejada de maçons, não católicos portanto, para não dizer anticatólicos, o órgão representativo (e legislativo) por excelência não representa afinal a grande maioria do povo português. E não representa naquilo que lhe é inerente, naquilo que é mais profundo, ou seja, nos princípios que resultam de uma determinada crença, de uma determinada cultura, de uma determinada ética. Princípios que deveriam moldar as leis que ali se produzem mas que na maior parte dos casos não moldam. Antes pelo contrário. E não haverá mudança enquanto a lei eleitoral continuar a enviesar a representação, enquanto for um túnel de acesso a ateus e agnósticos de todos os géneros, enquanto a lei e o tribunal forem propriedade da maçonaria. E não vale a pena invocar o sofisma da separação entre a Igreja e o Estado. Porque a separação não existe, pelo menos no que à obediência maçónica diz respeito.
Para bom entendedor…

Saudações monárquicas

quarta-feira, abril 18, 2012

Tectos, sim.

Moreira e Nazaré debatiam a crise, a crise em geral, e fui ouvindo, a conversa estava interessante, mas chegámos ao concreto, à realidade, à reforma da segurança social, e como de costume ambos ‘borregaram’. Que não, que essa história do plafonamento é ideia (antiga) sem pernas para andar, que era preciso fazer contas, e para resultar, só daqui a muito tempo! Desliguei o televisor, não vale a pena, fui-me deitar. Mas no caminho, cogitei: - mas não é isso que acontece com todas as reformas de fundo?! Levam tempo para dar frutos?! Era melhor terem dito que não querem reformas! Ou então, que o país é irreformável!
Pois eu, que não percebo nada de economia (nem de segurança social), entendo que é fundamental estabelecer tectos para as reformas a pagar pelo Estado. Salvaguardando evidentemente os direitos adquiridos pelos descontos já efectuados. A razão que invoco para a introdução de tectos é de outra ordem. É uma questão de decoro. O estado não pode pagar reformas de quatrocentos e tal euros (80% do salário médio mínimo, para quarenta anos de descontos) a uns portugueses, e pagar ao mesmo tempo reformas de cinco mil e mais euros (80% do salário médio para os mesmos quarenta anos de descontos) a outros portugueses!
Dir-me-ão que se limitam a receber o correspondente àquilo que descontaram. Eu sei, mas daqui para a frente não pode ser assim. Ganhem o que ganharem descontam apenas até um determinado limite. E neste aspecto concordo com o ministro: - o estado não serve para gestor de poupanças. E acrescento: - o estado se serve para alguma coisa é para estabelecer princípios mínimos de justiça social. O estado social é este, não é o que temos. E que apregoam.

Saudações monárquicas

terça-feira, abril 17, 2012

A república dos cágados

De Espanha ‘nem bom vento nem bom casamento’, mas não vamos exagerar. Hoje, pela manhã, uma colega de trabalho (que aprecio e estimo), sabendo-me monárquico, invectivava (fortemente) o rei de Espanha pelo facto de ter participado numa caçada aos elefantes. A crítica tinha sobretudo a ver com os elefantes, e por ser uma espécie em extinção. Respondi-lhe que os reis também são uma espécie ameaçada e que a sua reacção era a prova disso mesmo. Ou seja, tentei explicar-lhe que o rigor com que se julgam as Altezas (e já agora, os sacerdotes da Igreja Católica) não tem qualquer comparação com outros juízos ou julgamentos. E fui mais longe: - se me chamasse Freud atrever-me-ia a concluir que todo esse empolgamento poderia esconder o desencanto de uma paixão recalcada. Como se os reis, ou as rainhas, não pertencessem ao género humano, e estivessem condenados à perfeição!
Mas a verdade é que são seres humanos, que nos representam, a nós, seres humanos também. Com os nossos defeitos e qualidades.
Aliás, a crítica maior, a que veio de Espanha, não tinha a ver com os elefantes, mas com o recato, com a austeridade, esse conceito ‘beatífico’ que passou a ser a medida de tudo e de todas as coisas. Especialmente para julgar os outros.
Sendo assim, admito perfeitamente que não estamos em época de caçadas aos elefantes, e que o melhor é seguir a agenda da ‘alta autoridade para a austeridade’. Se não conhecem eu dou-vos alguns detalhes: - é laica, republicana e socialista, é muito económica, e deixa os países por onde passa em situação de banca rota.

Saudações monárquicas

sexta-feira, abril 13, 2012

A república sem árbitro

O problema da república é o árbitro, sempre foi. Daí que o pensamento político tenha evoluído para a monarquia, sistema onde o chefe de estado, neste caso o Rei, não sendo escolhido por nenhuma das partes, pode assim decidir com razoável imparcialidade. Por essa razão, os países monárquicos têm uma melhor justiça, e também por essa razão as pessoas desses países desconfiam menos (umas das outras) e do poder político. Nas repúblicas acontece precisamente o contrário.
Neste particular, o futebol português é um verdadeiro espelho da nação. Por ele, através dele, das suas inumeráveis batotas, imaginamos tudo o resto. Os conluios, os partidos, os compadres, as lojas, as jogadas por debaixo da mesa, a lei que as protege, a corrupção permanente, tão vulgar que parece coisa normal. Um bem colectivo! Que talvez sacie, quem sabe, outras injustiças! Da vida, do amor, e do ódio.

Literatura aparte, este ‘caso Cardinal’, define a república: - nas primeiras notícias, a vítima era o Sporting. Os grandes são, por natureza, as grandes vítimas. O Marítimo era o suspeito. O árbitro assistente era o corrupto. Depois, afinal, terá sido uma armadilha que um dirigente do Sporting (e antigo inspector da policia judiciária!) armou contra o bandeirinha, que afinal estava inocente. Perante o escândalo, os jornais (e as televisões) apressaram-se a sossegar a opinião pública: - o Sporting não pode ser castigado! Os especialistas de serviço repetiram o mesmo. O povo leonino apoia.
Quem sou eu para os contrariar?!

Saudações monárquicas

quinta-feira, abril 05, 2012

Feriados civis… ou armas de arremesso?!

Portugal, se fosse uma comunidade com a noção perfeita da sua identidade, deveria apenas celebrar um único feriado nacional, e esse seria o dia do seu nascimento. Como aliás sucede com cada um de nós, pelo menos enquanto estamos vivos! Fora disto, celebrar outros acontecimentos históricos, é sempre mau sinal. Celebrar muitos acontecimentos históricos, pior ainda.
Expliquemos um pouco melhor o meu raciocínio:
Relembro que a profusão dos chamados ‘feriados civis’ teve a sua causa próxima na revolução francesa. Revolução que se obstinou em destruir a religião católica e tudo o que representasse as origens, a cultura, e demais tradições do povo francês. Daí a eliminação da família real e da monarquia. Daí a substituição do ancestral ‘Deus, Pátria, Rei’ pela utopia da ‘liberdade, igualdade e fraternidade’.
Daí também o início de uma nova liturgia de datas, festejos decretados pelo poder, ao sabor das vitórias de uns quantos franceses, e das derrotas de outros tantos franceses!
É esta a situação que ainda vigora, quer em França, quer em Portugal, 'grande oriente lusitano' e diligente aluno napoleónico.
Portanto, ressalvando o feriado do 1º de Dezembro, que de certo modo substitui a data (que esquecemos!) do nosso nascimento, todos os outros feriados civis podem e devem ser eliminados. E não é por causa do défice. É simplesmente porque dividem os portugueses. E não passam de armas de arremesso contra a Igreja Católica, contra a tradição, contra as convicções religiosas do povo português.
E ponto final sobre este assunto.

Saudações monárquicas

segunda-feira, abril 02, 2012

A partidocracia é cara e o poder local não existe

Esta democracia nascida em Abril, partidária ao mais alto grau, assente numa constituição ‘a caminho do socialismo’, entretanto reciclada para acolher o pior dos dois mundos – socialismo e liberalismo – esta democracia, dizia, é excessivamente dispendiosa para um país com tão fracos recursos como o nosso. E já não falo das injustiças que estabeleceu, das monstruosidades que criou, dos equívocos em que diariamente labora! Refiro-me apenas ao preço, àquilo que custa, ao vil metal. Que não é assim tão vil como isso.

Eu sei, eram duzentos mil defronte do Marquez! Três mil e quinhentas freguesias perfiladas, arrecadas de oiro, cantes alentejanos, corridinhos com doces de amêndoa do Algarve. E claro, os presidentes das Juntas. O folclore em todo o seu esplendor! Infelizmente não estava lá o poder local. Parece circunflexo o pensamento, mas é verdade.

O poder local, os ‘abomináveis caciques’ (na expressão dos seus adversários jacobinos) já não existem. Na altura em que existiram eram económicamente independentes do poder central, facto que irritava solenemente a burguesia dominante. Que tratou de os combater, de os reduzir, de lhes retirar o sustento, para mais fácilmente os substituir por comissários de Lisboa.
A república que a seguir se implantou seguiu o mesmo trilho. A obra de centralização prosseguiu, com os partidos do regime a imporem os seus caciques às populações locais. Nem se poderia esperar outra coisa de um golpe lisboeta que o país real foi obrigado a engolir. Nestas condições, mais se desvalorizou o já decrépito poder local. E o mesmo sucedeu com a república de Salazar. Que aliás levou a centralização (e o domínio) ao extremo de condicionar completamente as ‘eleições’ dos responsáveis locais!

E chegou o 25 de Abril, o tal feriado histórico que elegeu (ou decretou) esta ‘partidocracia’ em que vivemos. Mas que poder local tem a terceira república?!
Ressalvando (sempre) a criação das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, todo o edifício do chamado poder local assenta nos partidos políticos, que assim acabam por ser os verdadeiros senhores (caciques) do poder autárquico. E falar de partidos políticos em Portugal é falar de aparelhos partidários, de decisões e eleitos congeminados na Buenos Aires, no Largo do Rato, ou no comité central do PCP.

Logo, e para concluir, tenho imensa pena de o dizer, mas aquela manifestação em frente ao Marquez não representava o poder local. E tenho mais para dizer e com muita pena minha: - os ‘caciques’, afinal, existem, são os actuais órgãos autárquicos! Mas há uma grande diferença para os antigos: - os antigos ‘caciques' não dependiam do orçamento de estado. Nem a sua vontade era condicionada pelos partidos políticos.
Portanto, se é só folclore, este ‘poder local’ é redundante. E sai muito caro ao erário público. Não temos dinheiro para isso.

Saudações monárquicas