quinta-feira, setembro 25, 2014

‘Um país de costas’!

A frase tem dono, foi escrita por Fernando Pessoa quando quis definir um país onde ‘ilustres’ Costas pontificavam. Pontificavam e pontificaram ao ponto de darem com ele de pantanas. De costas, à revelia de todos os princípios constitutivos da nacionalidade, à revelia da sua história!

Na altura o ídolo era um tal Afonso Costa! Chefe do partido democrático, jacobino dos quatro costados, primeiro-ministro de inúmeros governos da primeira república (recorde-se que ao tempo os governos eram como as cerejas), tinha como principal objectivo eliminar, extinguir, a religião católica em Portugal. Dizia ele que isso aconteceria em duas gerações. Curiosamente, acabou por ser varrido da cena política por um Costa, no caso o general Gomes da Costa, em 28 de Maio de 1926.

Mas os outros ‘Costas’ a que o poeta se referia também tinham um curriculum impressionante: - um deles seria o Costa regicida, companheiro do Buiça, e que participou no assassinato do Rei Dom Carlos e do seu filho primogénito, o príncipe real Luís Filipe; o outro era o Júlio Costa, assassino confesso de Sidónio Pais na estação do Rossio.

Portanto, sobre Costas, julgávamos nós que já tínhamos a nossa dose! Mas não. No horizonte perfila-se um novo Costa que ao que sabemos comunga (em alto grau) do ideário republicano. Eu bem sei que os tempos são outros, também sei que é difícil destruir mais o que quer que seja, o país já nem de costas está, não tem posição! De qualquer modo, todo o cuidado é pouco.

Saudações monárquicas



Nota: Por coincidência ou talvez não, anuncia-se a criação de um novo partido, o ‘partido democrático republicano’! Um nome elucidativo. Seu fundador, o incontornável Marinho Pinto, mais um ‘jacobino dos quatro costados’! Uma praga.    

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