quarta-feira, novembro 11, 2015

A parte invisível

No postal anterior referi-me à parte visível do plano Costa. Falta a outra parte, a invisível, aquela que se oculta na estranha unanimidade socialista e no estranho comportamento do candidato presidencial da 'direita'!

Comecemos pela primeira estranheza: - é normal que a perspectiva de poder arrefeça rivalidades internas, atire para o esquecimento a 'ética republicana' ou produza inesperadas afinidades. O que não é normal é o PS aceitar correr enormes riscos numa aliança inédita e com parceiros (até à data) indesejáveis! Isso só é compreensível à luz de um perigo maior, como por exemplo, os processos judiciais em curso contra Sócrates. Não vejo outra lógica. É preciso não esquecer que a acusação do processo principal está para breve, e é expectável que surjam factos, nomes e conivências que atingirão naturalmente o partido. No fundo, e com Costa no poder, os socialistas esperam que aconteça o mesmo que aconteceu ao processo da Casa Pia.

A outra estranheza prende-se com a atitude do candidato presidencial da 'direita' face ao sentido de voto dos portugueses! E o que disse Marcelo?
Disse que é favorável à estabilidade e que não é apologista de eleições de seis em seis meses para a assembleia da república! Declarações que a direita não gostou de ouvir mas que funcionaram como o santo e a senha para Costa prosseguir nos seus esforços para chegar ao poder. A garantia estava dada - o (único) candidato presidencial da direita não o incomodaria. Por coincidência ou não, Costa apressou-se a retribuir a gentileza declarando que o PS dava liberdade de voto aos seus militantes no que toca às eleições presidenciais. Não me lembro se foi depois disso que Marcelo anunciou a sua candidatura...

Em suma, se juntarmos o visível ao invisível podemos concluir que com Costa ninguém pode estar seguro!!!



Saudações monárquicas

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