terça-feira, maio 24, 2016

Um jogo inglório...

Como no jogo da glória regresso à casa de partida e a vontade de lançar os dados outra vez não é nenhuma. Não faço balanços, acho detestável, mas posso constatar que o interesse pela monarquia, pedra angular deste espaço, é cada vez menor. Ficaria satisfeito se o defeito fosse dos meus escritos, mas a explicação é mais vasta e mais profunda. Metidas no funil da dependência europeia as novas gerações não falam de política. Falam do dinheiro que pode ou não vir da política! As questões relacionadas com o regime, com a constituição, são hábilmente evitadas. E só contam se por acaso obstruírem algum negócio europeu! Nós, portugueses, parece que nunca existimos! E ao que tudo indica estamos contentes com aquilo que somos e temos, e sendo assim, não vale a pena arriscar, mexer uma palha que possa estragar o actual arranjinho! Mas esta atitude é perigosa. A Europa pode mudar de um dia para o outro, há sinais disso, e uma dependência extrema da união pode ser fatal. Não se trata de não ter plano B, mas tão só de não ter plano nenhum! Nesse contexto, a arenga dos actuais partidos, por ser exclusivamente reivindicativa, não abre horizontes. Acresce que nenhuma instituição, desde a assembleia aos tribunais, passando pelo presidente da república, detém o prestigio suficiente para unir e mobilizar os portugueses numa circunstância que seria sem dúvida dramática. E os velhos demónios poderão soltar-se de novo.


Saudações monárquicas

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