segunda-feira, julho 04, 2016

As tácticas republicanas e os ‘mais carenciados’!

Receita antiga, muito usada, primeiro estabelece-se uma lei geral que aparentemente se aplica a todos, e no dia seguinte inicia-se o processo das excepções – projecto a projecto, proposta a proposta, filhas de um populismo execrável, a lei vai aceitando excepções atrás de excepções, que beneficiam uns quantos ‘carenciados’ e prejudicam a justiça equitativa que porventura estivesse presente na lei original! A escolha dos ‘carenciados’ não é cega, nem inócua, nunca foi, e tem dois objectivos claros – calar as corporações mais fortes e por conseguinte, mais reivindicativas, e assim cativar futuros eleitores. 

Esta receita não é de esquerda nem de direita, é uma prática puramente republicana, própria de sociedades em campanha eleitoral permanente onde tudo é conjuntural e oportunístico, e nada é estrutural e estruturante. O que conta, não é o país considerado como um todo, mas o clientelismo que há-de garantir o voto nas próximas eleições! Os ‘mais carenciados’ na lógica desta receita vão aumentando indefinidamente, e como as excepções comportam sempre mais custos, o estado vai definhando e empobrecendo, também indefinidamente.



Saudações monárquicas 

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