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quarta-feira, dezembro 26, 2018
Natal
Natal passado estrela cadente rasgando os céus omnipresente renasce em nós em cada dia pelo pão nosso pela verdade na tentação pela maldade pelo perdão e seja feita a Vossa vontade.
domingo, dezembro 16, 2018
Causas perdidas
'Senhor,
já que a dor é nossa e a fraqueza que ela tem
Dá-nos
ao menos a força de a não mostrar a ninguém.'
Fernando
Pessoa
O
interregno, e particularmente este, já se viu que é uma causa
perdida. O tema tem vindo a perder interesse e o autor não consegue
dar-lhe o brilho que merece. Se me perguntarem se ainda acredito num
Portugal monárquico eu respondo que sim, com a convicção da
primeira hora. A convicção de quem gosta de ser independente. Sinto
no entanto que será preciso acontecer muita coisa para que os
portugueses se apercebam do logro em que caíram. E isso talvez ainda
demore. Um nó górdio que terão de desatar sozinhos. É tarefa para
outras gerações, gente mais nova, gente preparada para responder ao
estado de decomposição a que chegámos. A que chegou o mundo em que
vivemos.
Saudações
monárquicas
segunda-feira, dezembro 10, 2018
A PROPÓSITO DO 1º DE DEZEMBRO: OLIVENÇA!
“Na
questão de Olivença a Espanha não tem defesa”
D.
Federico Trillo-Figueroa
S.
Maria de Aguiar (Castelo Rodrigo), 12/09/1997.1
1
Figueroa era, na altura, Ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha
e fez estas declarações perante muita gente, em que se encontravam
o Dr. Almeida Santos e o Dr. António Vitorino, que desempenharam
altos cargos na estrutura do Estado. E também um distinto elemento
do GAO que tem difundido esta importante declaração e que tem
passado despercebida na opinião pública e publicada.
2
O texto do Artigo 5º,3 da actual CR diz: “O Estado não aliena
qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania
que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras”.
O que tem sido ligado objectivamente a Olivença. Não “Olivenza”
.
3
Lamentavelmente, numa conduta que tem sido constante, a generalidade
dos meios de comunicação social ignoraram o evento e uma televisão
que entrevistou o Ministro da Defesa, presente no mesmo, não foi
para o inquirir sobre a cerimónia…
Em
todas as Constituições Portuguesas, desde 1822, apenas existe um
artigo que se mantém comum até hoje, apesar de a sua redacção não
ser idêntica, embora tenha sempre o mesmo significado.
É
aquele que refere - e transcrevemos a redacção do Artigo 27 da
Constituição de 1822 - que “A Nação não renuncia o direito que
tenha a qualquer porção de território não compreendida no
presente artigo”.2
Se
mais não houvera, bastava este artigo para, legal e moralmente, a
Nação dos Portugueses através das suas organizações e
instituições civis e por maioria de razão, dos órgãos do Estado
que a devem representar, não poderem renunciar e deixar de
reivindicar o retorno à sua Pátria da mui portuguesa Vila de
Olivença e seu termo, ilegalmente ocupada pela Espanha, desde 1807,
seguramente, desde 1815 (Tratado de Viena).
Por
isso foi um prazer ver, nas últimas comemorações do 378º
aniversário da data luminosa do 1º de Dezembro de 1640, a banda
filarmónica de Olivença, desfilar Avenida da Liberdade abaixo, bem
como ouvir o Presidente da Sociedade Histórica para a Independência
de Portugal – entidade promotora destas comemorações desde o seu
início (como da iniciativa de erguer o monumento aos Restauradores,
que dá o nome à Praça onde foi erigido), saudar Olivença
Portuguesa.
Na
tribuna de honra também estiveram elementos da direcção do (GAO) Grupo
dos Amigos de Olivença, perseverante instituição da sociedade
civil, fundada em 1932 e que sempre se associou a estas comemorações,
depositando uma coroa de flores na base do monumento que evoca todos
os heróis da longa luta que restaurou a completa soberania
portuguesa, terminando com a Coroa Dual e inaugurando uma nova
Dinastia de raiz exclusivamente nacional.3
Recorda-se
que os habitantes de Olivença estiveram sempre na linha da frente
dessa luta e pagaram um preço elevado pela mesma.
Mas
sem sacrifícios, jamais Portugal preservará.
Mais
extraordinário foi ainda a presença de vários elementos da
Associação Além-Guadiana (além do próprio Presidente do
Ayuntamiento), fundada em Olivença, em 2008, e que desde então tem
desenvolvido um notável trabalho de preservação da cultura e
identidade lusíada em Olivença e seu termo (cerca de 450 km2),
tendo inclusive (2) conseguido um acordo para
que os habitantes de Olivença que o requeressem obtivessem a
nacionalidade portuguesa. E já cerca de 800 o fizeram.
Os
convites terão sido feitos pela Câmara de Lisboa, através do Dr.
Ribeiro e Castro, grande dinamizador do restabelecimento do feriado do
1º de Dezembro (em má hora extinto por um anterior governo) e que
tem sido um elemento de ligação (se assim se pode dizer) com aquela
Associação.
De
salientar ainda que já por dois anos consecutivos, o “Além-Guadiana”
promove a comemoração do feriado do 10 de Junho, naquela vila
transtagana.
Os
principais órgãos do Estado Português, porém, têm ignorado a
questão de Olivença e mostram até, algum embaraço, quando não,
enfado, quando são confrontados com as suas responsabilidades neste
âmbito.
O
Estado assume (na prática) que Olivença é um “território
português sob administração espanhola”, mas para além de não
reconhecer “de jure” a soberania espanhola, em simples declaração
de princípios; de manter os marcos de fronteira interrompidos na
porção de fronteira comum existente (e apenas as cartas militares
reflectem tal “status quo”), nada mais faz para repor a
legalidade da situação, ao contrário da posição da Espanha, por
exemplo, sobre Gibraltar, as cidades e enclaves que mantêm em
Marrocos e até algumas acções menos próprias que vai tendo
relativamente às nossas Ilhas Selvagens.
Apesar
do actual regime político português ter assumido (no nosso
entendimento mal), os territórios de Macau e Timor (este último
depois de invadido pela Indonésia), como territórios não
portugueses, mas sob administração portuguesa, teve para com estes
atitudes díspares relativamente ao que tem sobre Olivença.
Para
já não falar no triste reconhecimento “de jure”, da inclusão
do Estado Português da Índia, nos idos de 1974/5, depois da
escabrosa invasão militar de Goa, Damão e Diu, pela União
Indiana.4
4
Situação, aliás, muito mais gravosa do que aquela ocorrida com a
Indonésia relativamente a Timor.
5
Este escrito veicula apenas a opinião do autor.
Esperemos
que este último opróbrio não seja lançado também um dia, sobre
Olivença…
Sendo
o artigo invocado tido origem na Constituição de 1822, o conteúdo
do mesmo tinha sido sempre seguido e assumido (mesmo sem estar
escrito) desde Afonso Henriques; impõe-se que a tradição, a lei e
o direito continuem a ser preservados.
Se
quisermos, é apenas uma questão de Dignidade. De Dignidade
Nacional.5
João
José Brandão Ferreira
Membro
da Instituição Patriótica
Amigos
de Olivença
quarta-feira, dezembro 05, 2018
A república em alerta amarelo!
A
doença republicana é conhecida, Aristóteles falou dela há mais de
dois mil anos e mais recentemente Otão de Habsburgo pôs o dedo na
ferida. Mas o ser humano é incorrigível e continua a idolatrá-la
tomando como exemplo maior a república jacobina que saiu da
revolução francesa. Os seus mais dilectos seguidores ainda se
emocionam quando ouvem a Marselhesa e trazem na ponta da língua a
célebre trilogia - liberdade, igualdade e fraternidade. Muito
embora, verdade seja dita, estejam a sonhar com o Napoleão e suas
façanhas. Macron, o último cromo napoleónico, pensava que podia
reviver Versalhes com o dinheiro dos contribuintes franceses e ao
mesmo tempo armar um grande exército europeu com o dinheiro dos
contribuintes alemães.
Saíram-lhe
mal as contas e a prometida carga fiscal teve que ser substituída à
pressa por uma série de cargas policiais que até hoje não
conseguiram suster a fúria dos 'coletes amarelos'! E quem são estes 'coletes amarelos'?! São aquela minoria que nos regimes republicanos
sustenta o estado e os seus inúmeros funcionários para além dos
incontáveis dependentes que vivem à conta do orçamento. Um
sacrifício inútil, insustentável, num regime que não faz reformas, e que por isso não tem futuro. A fazer lembrar outras repúblicas como a portuguesa. Para já
são coletes amarelos. Amanhã poderão ser de outra cor.
Saudações
monárquicas
domingo, dezembro 02, 2018
Esqueci-me do primeiro de Dezembro!
É
verdade, nunca tinha acontecido, mas esqueci-me. A data da
independência é um marco que todos os povos fazem questão de
celebrar e essa celebração quando é genuína dispensa gestos
oficiais ou paradas militares. Infelizmente o povo português preza
pouco a sua independência seguindo aliás os exemplos que vêm de
cima. Não é por acaso que temos um ex-primeiro ministro que acha
natural viver de amigos e também não é por acaso que a juventude
ambiciona viver à conta do orçamento geral do estado. De resto a
pedinchice nacional a que assistimos diáriamente não é mais que um
sintoma dessa mesma dependência. O estado, para os portugueses, é
como se fosse um pai com a obrigação de lhes resolver todos os
problemas e é esta ideia que transmitem aos filhos. E assim, de
dependência em dependência, não admira que tenhamos consentido que
no nosso dia da independência seja celebrado o dia mundial das
dependências!