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segunda-feira, julho 09, 2007

A oitava maravilha

Só a memória sobreviverá, só quem a conserva ou possui será mestre do seu futuro! Só ela tem capacidade para iluminar a história, não para a relativizar ou menorizar, mas para a integrar nesse esforço contínuo de compreensão e elevação espiritual que justifica o destino do homem!
A sociedade contemporânea não tem memória, limita-se a seleccionar produtos, para vender ou comprar dentro do respectivo prazo de validade, e por isso, aquilo a que assistimos no dia sete do sete de dois mil e sete foi mais um desses exercícios de vaidade devoradora que a história se encarregará de esquecer.
Visto de longe, o concurso parecia um jogo de matraquilhos com os actuais residentes do planeta empenhados em levar a taça para casa! Nesse aspecto o sufrágio, desta vez á distância de um clique, mostrou novamente a sua fragilidade, ordenando as ‘maravilhas’ de acordo com as vantagens populacionais das várias regiões ou nacionalismos! Assim, ganharam naturalmente os chineses, indianos, sul-americanos, das duas matrizes conhecidas, islâmicos e…o Coliseu de Roma!
As reticências sobre o Coliseu de Roma confirmam o carácter do evento, também ele realizado num coliseu da era moderna, mas realçam a singular coincidência de ter sido uma antiga colónia portuguesa que garantiu o único sopro de Cristianismo que se viveu naquela noite!
Obrigado Brasil!

Post-Scriptum: “A oitava maravilha do mundo” foi uma expressão divulgada pelos jornais ingleses em 1955, depois da respectiva selecção de futebol ter sido batida pela equipa das quinas, o que acontecia pela primeira vez. A oitava maravilha, herói do jogo, foi Matateu, o inesquecível avançado do Belenenses!

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