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sexta-feira, outubro 19, 2007

Porreiro, pá!

Seguiu-se um abraço, veio depois o champagne. Foi assim que Sócrates e Durão Barroso selaram o acordo entre os 27 estados e que ficará conhecido como o Tratado de Lisboa. Os artistas são portugueses, não vale a pena acrescentar mais nada. Do oito ao oitenta, parecem longínquas as verdades de Salazar que dizia - “Portugal não é só uma nação europeia e tende cada vez mais a sê-lo cada vez menos”. Hoje as caravelas viajam pela europa, dobram tormentas, para trazer especiarias sob a forma de fundos comunitários, provávelmente as últimas antes de caírmos na realidade.
O que é curioso no meio desta euforia, é que ao contrário da maior parte dos outros estados, Portugal não regateou nada para si, basta-lhe a assinatura do tratado para poder levantar o cheque. O argumento português é imbatível:- uma união europeia forte é garantia de que não seremos despedidos. Os donos da união estão contentíssimos, nunca viram empregados tão dedicados, e tão competentes, mais europeus que a própria europa!
Cá em baixo, alheios, os portugueses preparam-se para mais um fim de semana a contar os tostões.

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