Do orçamento retenho um momento do ministro das Finanças… que me fez sorrir! Dizia ele que em Portugal, ao contrário de outros países, ainda se considera um feito digno de nota, fugir ou defraudar o fisco. Por isso garantiu que o combate à evasão e à fraude fiscal vai continuar e com vigor acrescido, política que sustentou no seguinte pressuposto: - se os incumpridores pagassem os impostos que não pagam, mas deveriam pagar, o IRS de cada português poderia ser desagravado em cerca de 38%! Ouviram-se palmas. Foi neste momento que sorri. Naturalmente que o Ministro sofre, como todos nós, da falta de um raciocínio lógico, a mesma deficiência que explica o insucesso escolar de muitos dos nossos jovens! Então se os portugueses confiassem no Governo, se tivessem a garantia de uma correspondência tão linear entre o seu gesto cumpridor, e o benefício que lhes adviria com uma previsível baixa de impostos, se tivessem a certeza, ou ao menos a esperança, de um futuro melhor, acha o Senhor Ministro que não seriam os primeiros a cumprir os seus deveres fiscais, ou pensa que deixariam sem censura quem não o fizesse também!
A questão é diferente e vai para além deste orçamento: - porque será que em determinados países os respectivos habitantes ‘sentem’ que fugir ao fisco é um acto quase patriótico?! Ou dito de outra maneira, porque será que esses povos não confiam nos seus governantes?!
Ora aqui está um problema que pode servir para exercitar o raciocínio lógico.
A questão é diferente e vai para além deste orçamento: - porque será que em determinados países os respectivos habitantes ‘sentem’ que fugir ao fisco é um acto quase patriótico?! Ou dito de outra maneira, porque será que esses povos não confiam nos seus governantes?!
Ora aqui está um problema que pode servir para exercitar o raciocínio lógico.
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