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quarta-feira, junho 25, 2008

Moda de vanguarda

De vez em quando aparece um Antunes na televisão, são as elites que temos, aquelas que conquistaram o poder às outras, que o perderam, onde eu me revia, provávelmente pelas mesmas razões que levam agora os Antunes à televisão.
A história das sociedades humanas é assim, o mérito existe apenas na memória, no mais é luta pelo poder e a violência que isso custa.
Este preâmbulo tem a ver com a actual vanguarda europeia e com a sua indiferença pela vontade dos povos! Aliás a palavra ‘povo’ adquire neste contexto o seu verdadeiro significado: povo sou eu, porque não conheço nenhum Antunes e não tenho, por isso, qualquer possibilidade de alterar o que quer que seja. E mesmo que me deixem votar, hão-de obrigar-me a votar as vezes que forem necessárias até eu pronunciar um exausto sim!
De que vale então este escrito? Para quê resistir à inevitável ‘construção europeia’, processo aristocrático por excelência, como todos os processos históricos conhecidos?!
Vendo o meu peixe ao melhor preço: a sensação que tenho é que estas elites não fazem caminho para ninguém, estão deslumbradas pelo poder, não arriscam nada. As outras, ao menos arriscaram a cabeça! E perderam-na.

Nota Básica: Nada contra a família Antunes. O apelido é um mero exemplo.

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