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domingo, maio 31, 2009

Cavaco

O teu confidente
O teu conselheiro
Quase como irmão
Que subiu a pulso
Pela mesma escada
Ministro no tempo
Do teu buzinão
Caiu em desgraça
Em contradição!

Eu sei que é mentira
Que está inocente
Que é tudo legal
Maldito o sistema
Maldito o regime
Que devora os seus filhos
Sem dó e sem pena!
Mas Cavaco, e agora?

Que vamos fazer?
Olhar para ao lado!
Um caso isolado!
E será desta vez
Que alguém é julgado?!
Responsabilizado!
Ou ficamos assim
Entre o não e o sim!

Não te oiço, Cavaco!

Foi-se o conselheiro
Foi-se a alegria
O país defunto
Foi até à praia
Vai ao futebol
E sou eu que pergunto:
Cavaco, para onde vamos?

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