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sábado, fevereiro 06, 2010

A fragilidade republicana

Oiço um som cavo e profundo, como se fora o anúncio de um terramoto, vejo muita a gente a refugiar-se nas ombreiras das portas, dizem que é mais seguro, entendo o silêncio dos partidos, comprometidos com o sistema, e vejo a chefia de estado republicana paralisada, chantageada, é o próprio retrato do regime que se vai celebrando!
Quem se salva?! Em quem confiar?!
Chamo-me Diógenes em pleno dia com a lanterna na mão - Há por aí alguém?! Alguém que nos livre deste cativeiro! Deste pesadelo!
Perguntas devolvidas pelo eco da frustração, uma vida a falar sozinho, as fragilidades do regime expostas no jornal e mesmo assim ninguém percebe ou não quer perceber! Estão todos na ombreira da porta, à espera…
Curioso país este onde se cumprem as revoluções dos outros! Revoluções fora de prazo, que falharam no local de origem, encontram aqui campo para germinar. Neste quintal tudo cresce, tudo medra, à nossa escala, em pequenino, mas cresce.
Parece que é assim desde os ‘afrancesados’. Capturaram o estado, mataram o Rei e substituíram-no por um presidente da república, um alvo fácil de manipular e silenciar. Desde então andamos às voltas, e voltas, mas sempre para baixo.
Aguardemos pelas próximas baixezas…

Saudações monárquicas

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