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sexta-feira, março 05, 2010

As desigualdades de Gini!

‘O coeficiente de Gini’ mede a distribuição dos rendimentos, mede as desigualdades sociais, e coloca Portugal num honroso penúltimo lugar entre os países da União – com o coeficiente de 36%!
Pior mesmo só a Letónia, que apresentava valores da ordem dos 38% em 2008.
Transformando o Gini em conversa habitual diria que num país com dois habitantes (A e B) e que produzisse dois ‘papo-secos’ por dia, o coeficiente português significa que o habitante A come o seu papo-seco e quase metade (36%) do papo-seco destinado ao habitante B!
Considerando por outro lado que o principal motor da desigualdade são os rendimentos do trabalho, mais propriamente, o elevado crescimento dos salários mais altos, a situação a que chegámos é conhecida, e não podia ser outra: - salários médios muito baixos, salários baixos aquém do nível de subsistência e para a grande maioria, pensões de reforma miseráveis.
A tudo isto podemos juntar o desemprego e a vasta população de subsidiados.

No outro lado fica outro país, o país da ‘nomenclatura’, aqueles que vivem com salários e mordomias que nada têm a ver com o mercado português nem com a realidade da nossa economia.
Quem são?!
Todos sabemos quem são, fazem as leis que os favorecem, julgam os fracos e poupam os fortes, advogam em causa própria, rodam entre a política e as empresas; institutos, comissões e fundações são palavras familiares, intervêm nos bancos, passeiam-se por Bruxelas, são vistos nos camarotes do futebol. Estão próximos do orçamento de estado. São uma minoria insaciável.
Atrás deles, às migalhas, um séquito de pareceres, opinadores e artistas convidados.
Em comum, todos festejam o regime e a Europa.
Pudera!

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