Com a promulgação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Cavaco Silva não defendeu nem o casamento nem a família. Ao contrário, entre considerandos desajustados, relativizou conceitos, o que nos leva a pensar que também não percebeu (ou não quis perceber) a mensagem do Papa!
A partir de agora, o casamento, enquanto instituição prevalecente para a constituição da família, perdeu identidade, e perdeu por isso protecção, uma vez que passou a albergar uma série de situações e uniões que pouco têm a ver com pai, mãe, filhos, avós, netos e bisnetos.
As desculpas de Cavaco não convencem: - a crise económica e as dificuldades de crédito misturadas com valores e princípios fundadores de uma sociedade ou de um país, não me parecem um bom argumento, especialmente para quem tem a obrigação de saber distinguir entre o efémero e o permanente. A crise portuguesa deve ter causas mais fundas que a economia e as finanças.
A segunda desculpa é um tratado de descrença política - com efeito, dizer que o poder de veto é inútil quando existe a convicção que o diploma será de novo aprovado no parlamento e que nessas circunstâncias acabaria por ser promulgado, (agitando outra vez o argumento economicista que tempo é dinheiro), é desvalorizar o cargo que ocupa, os poderes que lhe foram confiados e, mais grave que tudo isso, transmite um sinal de rendição a todos os portugueses. Especialmente àqueles que nesta hora esperavam ter em Belém alguém que pensasse (e sentisse) como eles.
Não foi assim e não será assim, infelizmente.
A partir de agora, o casamento, enquanto instituição prevalecente para a constituição da família, perdeu identidade, e perdeu por isso protecção, uma vez que passou a albergar uma série de situações e uniões que pouco têm a ver com pai, mãe, filhos, avós, netos e bisnetos.
As desculpas de Cavaco não convencem: - a crise económica e as dificuldades de crédito misturadas com valores e princípios fundadores de uma sociedade ou de um país, não me parecem um bom argumento, especialmente para quem tem a obrigação de saber distinguir entre o efémero e o permanente. A crise portuguesa deve ter causas mais fundas que a economia e as finanças.
A segunda desculpa é um tratado de descrença política - com efeito, dizer que o poder de veto é inútil quando existe a convicção que o diploma será de novo aprovado no parlamento e que nessas circunstâncias acabaria por ser promulgado, (agitando outra vez o argumento economicista que tempo é dinheiro), é desvalorizar o cargo que ocupa, os poderes que lhe foram confiados e, mais grave que tudo isso, transmite um sinal de rendição a todos os portugueses. Especialmente àqueles que nesta hora esperavam ter em Belém alguém que pensasse (e sentisse) como eles.
Não foi assim e não será assim, infelizmente.
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