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domingo, julho 02, 2017

Depois da irresponsabilidade…

Depois do caos, depois da irresponsabilidade, talvez fosse bom aprender algumas lições que vão para além dos incêndios, dos assaltos aos paióis nacionais, e da miserável propaganda do governo. Na base do falhanço português está como sempre esteve a deficiente representação política e com ela a irresponsabilidade. A irresponsabilidade política começa, como tudo na vida, pela base. E a base é a assembleia da república para onde elegemos ‘deputados’ a quem não podemos pedir responsabilidades no fim de cada mandato! Nós, eleitores, não elegemos pessoas que nos representem, elegemos listas de pseudo representantes que não conhecemos, que não escrutinámos e que façam o que fizerem se perpetuam no parlamento de acordo com a vontade do chefe partidário. Pois é ele que aprova as listas. Isto é o grau zero da democracia, o grau zero da representação! A partir daqui o resto do edifício democrático está inquinado, está ferido de morte. De vez em quando fala-se na mudança da lei eleitoral, fala-se, porque na realidade ninguém a quer mudar. Ninguém quer assumir responsabilidades.


Saudações monárquicas



Nota: Aquele lamentável ‘grupo inter parlamentar do Benfica’ só existe porque aqueles deputados sabem que aquela jantarada não vai ter consequências políticas. Na próxima legislatura lá estarão, se Deus quiser, e se for essa a vontade do chefe partidário. Quanto aos eleitores que ficaram desagradados com aquele espectáculo, esses não têm forma de mostrar o seu desagrado! Podem abster-se e facilitar ainda mais a vida à partidocracia vigente.

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