No seguimento do último postal, e por contraposição, convinha
explicitar a natureza da monarquia e já agora a qualidade do seu relacionamento
com as repúblicas.
Sabendo que não existem regimes perfeitos, também sabemos que
a monarquia surge na história política para solucionar os inconvenientes da
república. E os inconvenientes da república têm a ver basicamente com a representação
e com tudo o que daí decorre. Nomeadamente a sucessão e a arbitragem.
O problema maior resulta da óbvia incapacidade do chefe
republicano para representar a raiz e o vínculo comunitário, que é o mesmo que
dizer, o passado o presente e o futuro de determinada comunidade histórica. Os
problemas menores, que não são tão menores como isso, são afinal o corolário do
problema maior. O presidente eleito há-de puxar aos seus descendentes sanguíneos,
favorecendo-os, porque é da natureza humana. E ainda que represente apenas uma parcela
do eleitorado há-de favorecer quem o elegeu se não quiser ser apodado de
traidor. Também por isto é incapaz de ser árbitro. Qualquer pessoa percebe.
No que toca ao relacionamento com os regimes republicanos, a
monarquia por não ser uma religião mas um acto de inteligência, tem outra
plasticidade e outro alcance. E pelo facto de assegurar ao chefe de estado,
neste caso ao rei, uma representação muito superior a qualquer chefe de estado
republicano, coloca-se noutro patamar. Isto também qualquer pessoa
percebe.
A título de exemplo recordemos uma célebre cimeira ibero americana e o ‘porque não te calas’ com que o rei de Espanha brindou o presidente da Venezuela! Parafraseando Bonaparte no Egipto, eram dez séculos de monarquia que mandavam calar cinco anos de xavismo. E todos perceberam as razões da autoridade de Juan Carlos. Incluindo o presidente da Venezuela.
A título de exemplo recordemos uma célebre cimeira ibero americana e o ‘porque não te calas’ com que o rei de Espanha brindou o presidente da Venezuela! Parafraseando Bonaparte no Egipto, eram dez séculos de monarquia que mandavam calar cinco anos de xavismo. E todos perceberam as razões da autoridade de Juan Carlos. Incluindo o presidente da Venezuela.
No caso português que é o que mais nos interessa lembro a
propósito uma frase do rei Dom Carlos – ‘Podemos estar de mal com todo o mundo,
menos com a Inglaterra e com o Brasil’! Se Angola fosse nessa altura um estado
independente o rei tê-la-ia incluído na excepção. E temos uma certeza: - à
semelhança da relação que existe hoje entre a Inglaterra e os Estados Unidos,
assim seria a nossa relação com Angola. Onde tudo se resolve, sem domínio ou
submissão.
Saudações monárquicas
Que Vossa Senhoria me desculpe pela pertinência, mas sempre pensei que fosse um pouco mais contundente nessa correlação Monarquia / República, mas não era sobre essa matéria que venho abordá-lo "assediá-lo". Quero, não, peço que adicione a verdadeira Ordem militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, na sua real e verdadeira representatividade. Vai ter que indagar, e nesse aspecto, tenho quase a certeza que vai decerto saber separar o trigo do joio. Mais, depois explico-lhe e dou-lhe factos, mas até ficamos em aberto a mais.
ResponderEliminarJoão, sabia que já temos um Condestável do Reino? Pergunte-me, que eu depois conto como é.
Jorge de Alvarenga-Fontes: 12º Conde de Alvarenga; 4º Visconde da Varzea
Esqueci-me de um elemento muito importante nos dias que correm: o número de telefone e mail. Pessoal e directo (de acordo com o antigo acordo ortográfico) 962418290 = E-mail: director.jornaldosreformados@gmail.com
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