Comentar a vida pública ou privada de um rei como se ele fosse um presidente da república é um erro comum entre os analistas republicanos. Um erro, digamos, clássico. Que nos remete para a antiguidade clássica, para a confusão com o cesarismo, num tempo em que os deuses eram homens e havia homens que eram deuses.
Nas monarquias é o vínculo que importa, vínculo que faz jus ao estribilho – rei morto, rei posto. Não interessa a personalidade deste ou daquele rei, se é mais ou menos prendado, o que interessa é que assegure a continuidade da representação. Cabe-lhe ser a figura humana da Pátria, ter a mesma idade do que ela, e a imortalidade que desejamos aos nossos.
Os republicanos não percebem isto. Por isso inventaram cognomes, estabeleceram juízos entre reis maus e reis bons, esquecendo que Portugal foi um esforço permanente de todos. E nunca hão-de perceber porque é que ninguém lhes fez estátuas, a não ser as que os acompanhavam no túmulo. A excepção é Dom José, e foi preciso um terramoto!
Saudações monárquicas
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