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sábado, setembro 05, 2020

Afinal quem está a ser julgado?!

 

Um pirata informático?! Um vulgar criminoso que arrisca prisão e reputação por um punhado de dólares?! O chefe de alguma quadrilha internacional?!

A questão é pertinente face ao aparato policial, com snipers nos telhados, colete à prova de bala para o arguido, e uma mediatização nunca vista!

A resposta no entanto parece-me simples:

Quem está a ser julgado não é o Rui Pinto, é a república, somos todos nós que pactuamos com uma justiça que dá tais garantias aos criminosos ao ponto de ter transformado Portugal num oásis para a grande corrupção. Um oásis de tal maneira bem sucedido que atira para o banco dos réus quem se atreva a denunciar tais crimes. Enquanto isto os corruptos continuam em liberdade.

Alguns tentam justificar-se com a separação de poderes dizendo que os tribunais apenas aplicam a lei! Mas todos sabemos como isto funciona: - a assembleia da república encomenda as leis aos escritórios de advogados e estes depois vão defender os suspeitos de corrupção usando as 'garantias' prescritas nessas mesmas leis. 'Garantias' que não são acessíveis a qualquer bolsa. Uma pescadinha de rabo na boca.

Ciente disto tudo a terceira república, com os holofotes internacionais apontados, e a consciência a pesar-lhe, engendrou uma estratégia para salvar o Rui Pinto salvando ao mesmo tempo a reputação. Soltou-o, deu-lhe um estranho estatuto de arguido e testemunha protegida e tem a esperança que o colectivo de juízes perceba o que está em jogo, e suavize a pena a aplicar ao Rui Pinto pelos crimes que de facto cometeu.

O pior vai ser quando a república tiver que seguir as pistas deixadas pelo Rui Pinto e for forçada a sentar no banco dos réus os verdadeiros corruptos. Um cabo dos trabalhos pois vão ter que se algemar uns aos outros!


Saudações monárquicas


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