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terça-feira, novembro 17, 2020

Entrevista ao candidato

 

Vi, como muita gente terá visto, a entrevista que MST fez ontem na TVI ao candidato presidencial André Ventura. E vi que a chefia de estado republicana, a sua modalidade presidencialista ou a quinta república que Ventura advoga, nunca foram tema da conversa. Não por culpa do candidato mas porque o entrevistador levou o debate para problemas de governo e aplicação da lei. Só mesmo a terminar é que André Ventura teve oportunidade para afirmar o essencial da sua mensagem: - candidato-me para acabar com esta república que penaliza quem trabalha, que alimenta a subsidiodependência e onde justiça não funciona.

De resto disse aquilo que todos pensam mas não se atrevem a dizer:


Sobre os ciganos falou de um estado fraco que tem medo de aplicar a lei. Para os humanistas que vivem no Chiado isto pode parecer racismo. Quem vive nos bairros sociais e não pode evitar tal vizinhança tem uma opinião ligeiramente diferente.

Sobre a subsidiodependência todos sabemos que favorece o ócio, penaliza o trabalho e são votos certos nos seus promotores.

Sobre a justiça o momento esclarecedor aconteceu quando Ventura se referiu à candidatura de Ana Gomes e mencionou Paulo Pedroso. Sentiu-se o incómodo de MST porque todos nos lembrámos da Casa Pia e da 'justiça de classe' que temos! Se fosse basket, três pontos para o Ventura!


Concluindo: - Não será uma quarta nem uma quinta república que há-de livrar-nos desta corja que assaltou o estado e é dona do país. O caminho há-de ser outro. Em qualquer caso é melhor haver Ventura que não haver.


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