'E vós ó bem nascida segurança da lusitana antiga liberdade...' é o verso que invoca a única liberdade possível! Nada disto tem a ver com o golpe militar de Abril de 1974. Nem era essa a intenção de Otelo e dos restantes protagonistas.
Numa interpretação benigna, pondo de lado os indícios de traição que o tempo um dia julgará, tratou-se apenas de mais um episódio republicano na sucessão de episódios a que o regime já nos habituou. É assim desde o implante. Portanto é só aguardar pelo próximo golpe, pelo próximo Otelo e pela próxima república. Palpita-me que acontecerá quando o dinheiro da união europeia acabar. Ou a própria união se desfizer.
Entretanto convinha que não se transformasse o vinho em água nem a água em vinho. A república é a mesma. Um regime postiço, um beco sem saída.
Nota:
E vós ó bem nascida segurança
Da lusitana antiga liberdade
E não menos certíssima esperança
Do aumento da pequena cristandade
(...)
Estes quatro versos dos Lusíadas são a nossa constituição histórica. Explicam a condição da liberdade – somos livres porque o nosso rei é livre – e explicam também a condição da nacionalidade – 'Por tu Graal!
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