Continuou com o congresso do PSD onde pela voz de Manuela Ferreira Leite ficámos a saber o que já sabíamos: que as diferenças entre o PS e o PSD são apenas de natureza táctica. E como tal, para que este rotativismo mantenha a ilusão da mudança é necessário que mudem as moscas. A matriarca deu até alguns conselhos ao impulsivo pretendente mas este foi mais ousado e haveria de surpreender os congressistas (os que não estavam a dormir) com algumas propostas que podemos subscrever! É certo que não resistiu à tentação de invocar a revolução francesa, ninguém se chama Luís Filipe por acaso. É certo que parece acreditar numa quarta república, e numa nova constituição, mais curta e menos ideológica, onde caibam portanto mais portugueses, e acredita que esse facto possa trazer outra confiança e apaziguar a comunidade. Também aposta num regime mais presidencialista julgando assim resolver a guerra entre dois galos legitimados pelo voto popular! Mas independentemente das suas crenças, é evidente que o fim do tribunal constitucional (uma instância de natureza político-partidária) é um enorme contributo à causa da justiça, hoje completamente descredibilizada. Como é importante o seu pragmatismo face à regionalização que não tem que ser implementada ao mesmo tempo em todo o território, mas de forma selectiva, e em nome da coesão nacional, nas regiões mais desertificadas e menos desenvolvidas do país.
Apesar da bondade destas promessas os monárquicos não podem esperar muito de um homem que invoca a revolução francesa e espera da república aquilo que nenhuma república lhe pode dar – liberdade, igualdade e fraternidade.
Apesar da bondade destas promessas os monárquicos não podem esperar muito de um homem que invoca a revolução francesa e espera da república aquilo que nenhuma república lhe pode dar – liberdade, igualdade e fraternidade.
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