Curiosidade, coincidência, e se Cavaco cumprisse a promessa de falar ao país sobre o caso das escutas, um dia depois das eleições? O que sucederia?
Justamente hoje, aniversário de um outro 28 de Setembro, o de 1974, o princípio do fim do primeiro presidente desta terceira república - o general Spínola!
Tudo começou com uma manifestação convocada por alguns partidos de direita para apoiar Spínola, impotente para travar a escalada de comunistas e afins. E que estavam desejosos de entregar as colónias portuguesas aos seus amigos soviéticos. À boa maneira leninista, a manifestação foi rápidamente aproveitada para um golpe de esquerda, baseado numa 'inventona' - a invenção de que a 'reacção' (o clássico inimigo imaginário) preparava a contra revolução!
O resto sabe-se - Spínola resignou e a esquerda apoderou-se definitivamente do aparelho de estado executando então a famosa 'descolonização exemplar'! Timor incluído, e incluído também o tardio arrependimento socialista!
Valeram entretanto os 'Comandos' de Jaime Neves para, no 25 de Novembro de 1975, reporem alguma ordem no país e evitarem uma guerra civil. Porque a ideia comunista era transformar Portugal num paraíso albanês!
Mas, regressemos à pergunta inicial - que sucederá quando Cavaco Silva vier explicar o que de facto se passou (ou não passou) no caso das escutas?!
Porque das duas uma - ou trata-se de uma inventona com origem em Belém; ou há mesmo fumo e fogo e então o caso é gravíssimo, pondo mesmo em causa, a formação do próximo governo.
A ver vamos.
Foi por tudo isto que me lembrei do 28 de Setembro.
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