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terça-feira, janeiro 05, 2010

Com todas as palavras

Descobri Lhasa de Sela no dia da sua morte. Foi um encontro tardio, triste por ser triste, mas com a emoção própria da música que perdura. Pelas suas origens percebe-se o seu canto. Lhasa era mexicana pelo pai e americana pela mãe tendo estabelecido a sua vida no Canadá, pelo menos como ponto de referência, já que peregrinou pelo mundo deixando atrás de si o encanto da sua voz forte e arrastada. Noutro contexto as suas músicas fazem-me lembrar a chilena Violeta Parra ou as baladas de Leonard Cohen. Com a universalidade de se expressar em três línguas tocou por certo o coração de muita gente, daí o culto com que era seguida. Morreu cedo, aos trinta e sete anos.

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