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sexta-feira, janeiro 29, 2010

“Supremo Tribunal é loja maçónica”

Sem novidade, sem que nada aconteça, um novo ano judicial que começa, os velhos discursos de circunstância, repetidos sem pestanejar, é o país que somos, que queremos ser, é a república que vamos celebrar, é a justiça a que temos direito, são as boas sentenças distribuídas entre ‘irmãos’, é a confraria secreta, discreta, é a ética republicana, palavra de passe, usada sem honra, é o que diz o jornal, de hoje, como foi possível chegar a semelhante notícia! E publicá-la! Sem uma réstia de pudor! Um horror.
Transcrevo na parte que interessa:

“O Supremo Tribunal Administrativo é uma loja maçónica criada, instalada, dirigida e presidida por maçons – como aliás, o Supremo Tribunal de Justiça é uma loja maçónica, criada e instalada por maçons”.
A afirmação é feita por José Costa Pimenta, juiz de Direito, que em 1998 foi alvo de um processo disciplinar que ditou a sua aposentação compulsiva e que desde essa data tem vindo a contestar o afastamento… Autor de uma vasta obra jurídica, vai mais longe nas suas considerações e fala em pactos secretos entre tribunais. “A verdade é que as lojas maçónicas, incluindo o Supremo Tribunal Administrativo e a Relação de Lisboa, deixaram-se infiltrar pelo jesuitismo e profanos de avental, que constituíram uma máfia que opera nos tribunais portugueses… e que distribuem sentenças entre si em benefício dos seus irmãos… Os juízes decidem não em função da lei mas sim dos compromissos que assumiram”.

Não podia ser mais claro, só que nada disto é novo, nem se esgota nos tribunais, é um vírus disseminado por todos os órgãos e cargos públicos, sementeira pombalina, estrume francês, colheita napoleónica, e sem registo de interesses. Por isso, quando o interesse da comunidade colide com o interesse da Loja, quem se lixa é Portugal.
Sem apelo nem agravo.
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Saudações monárquicas

Fonte: Correio da Manhã, de 29 de Janeiro de 2010 (o transcrito, são alegações, não desmentidas, que constam de um acórdão que anda semi-desaparecido).

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