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terça-feira, fevereiro 23, 2010

Notas à margem

Vivemos tempos de tragédia. Tragédia provocada pelos elementos, chuva e vento que se abateu sobre a Madeira, tragédia que se alimenta de um país pobre e de pobre gente.
Não foi sempre assim, a história portuguesa regista momentos mais virtuosos, onde a nobreza era critério, ainda não se falava de ‘ética republicana’, felizmente, momentos em que a justiça funcionava, porque o árbitro supremo não era troféu eleitoral de ninguém.

Mas a tragédia, como disse, não se resume à Madeira, inclui a actual classe dirigente (em geral) e o primeiro-ministro em particular! Ontem mesmo, naquele programa de ‘prós e prós’, um bom exemplo de condicionamento político sobre a comunicação social, procedia-se a mais uma operação de salvamento de Sócrates! Presentes, alguns personagens para encher programa, peões de brega que preparam a faena do ‘diestro, e este a defender Sócrates de forma exaltada, face às reticências de Vicente Jorge Silva e Rui Machete.

Falou-se de tudo, de revolução francesa, de guerra civil permanente, sentiu-se a falta de um governo mundial, em livro, mas nunca ninguém questionou o actual regime político!
É assim a república, um dogma irresponsável, sem nada a ver com o estado da nação, com as desigualdades, com a justiça, que todos concordam que não existe, mas repito, nem uma palavra sobre o regime!
Afinal está tudo bem, anunciam-se sacrifícios, sabemos quem serão os penitentes, e lá fora uma algazarra de sombras (e candidatos) para ver quem controla o próximo chefe de estado.


Saudações monárquicas

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