Páginas

terça-feira, junho 08, 2010

Qual das três?!

Cheguei tarde (à polémica) onde se fazia a pergunta que com a devida vénia recupero – afinal qual das três repúblicas que já levamos foi (ou é) a pior?!
Descontado o facto de, em minha opinião, já estarmos a entrar numa curiosa quarta república, aliás muito semelhante à segunda, a minha resposta foi (mais ou menos) a seguinte:

Parafraseando a cantiga de uma geração sem esperança - a república é sempre a perder. Por isso a pior é sempre a última porque é a inevitável consequência das outras duas. A primeira república era apesar de tudo mais ingénua, numa linguagem tauromáquica poderia dizer-se que marrava de frente; a segunda era manhosa, cultivou a mentira, e deu cabo da herança ao tentar apropriar-se (ilegitimamente) da história; esta terceira é a pior porque mantém todos os defeitos da primeira e acrescenta-lhes a matreirice da segunda. Senão vejamos: - anti-clerical quanto baste, não descansa enquanto não banir os símbolos católicos do espaço público. Não perde uma oportunidade para afrontar a moral cristã.
É criminosa – lembremos apenas Sá Carneiro. E impune - porque tem a justiça no bolso e a comunicação social na sua dependência. Nenhum dos seus próceres será alguma vez julgado. Neste aspecto ultrapassa o estado novo! Basta ver os processos que não chegam ao fim.
E finalmente é a pior porque foi ela que feriu de morte a nossa independência política. A descolonização desastrada seguida de uma união apressada foi o pior que nos podia acontecer.
É esta a minha resposta, excessivamente extensa para uma pergunta tão simples. Poderia ter dito apenas que as três são uma e a mesma república.


Saudações monárquicas

Sem comentários:

Enviar um comentário