Sobre fogos e como venho dizendo, não sendo possível colocar um guarda-florestal, um bombeiro, ou mesmo um soldado atrás de cada pinheiro/eucalipto, pelo menos durante o Verão, (recordemos que segundo a protecção civil mais de 90% das ignições têm origem humana), e não sendo também possível continuarmos a gastar neste combate inglório cerca de 200 milhões de euros/ano, um número que vale o que vale pois estamos perante gastos que escapam completamente ao controle governamental, concluímos que a solução terá que passar pela redução da floresta para fins industriais, um investimento que não faz qualquer sentido num pequeno país como Portugal. Os argumentos invocados para o florestamento, orografia e pobreza dos solos, esqueceram que o país já levava muitos séculos de vida nessas condições, esqueceram que o Douro vinícola tinha sido obra humana, e só se lembraram do negócio mais fácil e lucrativo. No fundo, lembraram-se apenas do dinheiro. Pois agora está na altura de não se esqueceram desse pormenor – do dinheiro. Não temos dinheiro para este ‘apaga-acende’ anual, a não ser que debitemos os custos aos grandes beneficiários deste esforço inútil – à indústria da pasta de papel, à indústria dos parques naturais e às cadeias de televisão, cujos noticiários se mantêm em permanente rescaldo. Sem esquecer obviamente a indústria aeronáutica. Eu é que não quero pagar mais este filme repetitivo, que tudo leva a crer (com tantos beneficiários) é filme de longa-metragem.
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