Precisamos de vídeo vigilância, eu pelo menos preciso, preciso que alguém vigie os meus passos, alguém que se antecipe aos meus erros, que me evite a casca de banana, preciso de um berço, com grades, porque senão eu salto, e faço asneira, sou irresponsável, incontinente em tudo, menos nas fraldas, tenho uma inclinação para o mal, fui expulso do paraíso, lembram-se!
Quem me vigiará?! O Estado, e não há melhor vigia, não me conhece, será portanto imparcial, terei notas de desempenho, mensais ou semanais, consoante, e no fim do ano serei premiado ou castigado, também consoante. O pior castigo será o degredo, deixar de ser vigiado, o Estado desinteressa-se de mim. Deixa-me em paz, em liberdade, deixa de me olhar como um número, uma estatística, um perigo, um gasto desnecessário, não foi para isso que criei o Estado.
Se calhar, prefiro o degredo.
Quem me vigiará?! O Estado, e não há melhor vigia, não me conhece, será portanto imparcial, terei notas de desempenho, mensais ou semanais, consoante, e no fim do ano serei premiado ou castigado, também consoante. O pior castigo será o degredo, deixar de ser vigiado, o Estado desinteressa-se de mim. Deixa-me em paz, em liberdade, deixa de me olhar como um número, uma estatística, um perigo, um gasto desnecessário, não foi para isso que criei o Estado.
Se calhar, prefiro o degredo.
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