Comecemos
pela estatuária: - O Padre António Vieira nunca pediu que lhe
fizessem uma estátua. A estatuária glorificativa é uma doença moderna de quem
não acredita na eternidade. É uma recaída na civilização
clássica pré-cristã. Hoje, o narcisismo é tal, que já se fazem
estátuas em vida! Se calhar está na hora de recomeçar a construir
pirâmides.
Segunda
questão: - julgar ou avaliar a história passada à luz dos valores
(oficiais) do presente é um erro monstruoso, uma idiotice completa,
e um pretexto para reescrever a história à medida dos interesses de
quem tem poder para o fazer. O processo é sempre o mesmo: - os
porcos triunfam, instalam a ditadura do politicamente correcto,
soltam as feras e os guardas da revolução fazem o resto. E a
identidade de um povo vai à vida.
Terceira
questão: - os responsáveis morais pelo atentado à estátua do
Padre António Vieira estão na assembleia da república e nos demais
órgãos de soberania. É ali que se tenta reescrever a história e
não há melhor exemplo que a lei aprovada (por unanimidade) em 2013,
lei que concede a nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus
sefarditas expulsos (imagine-se!) no século dezasseis!!! Mais
própriamente no reinado de Dom Manuel, reinado esse que corresponde
à época gloriosa dos descobrimentos, brazão maior da nossa
identidade.
A
dita lei de 2013, aparentemente para remediar uma injustiça, é no
fundo um julgamento sobre uma decisão do estado português da
altura, decisão que os senhores deputados de hoje acham que foi
negativa, eles lá sabem porquê! Provávelmente não teriam
expulsado os judeus mas sim o rei Dom Manuel!
Ou
o Vasco da Gama por ter ido à Índia! O certo é que a partir deste
precedente abre-se a porta para tudo o que lhes der na gana. Por
exemplo, condenar o Fundador por violência doméstica, por não
querer ser galego, por ter inventado um reino, por ter expulso os
mouros, por não ser favorável ao aborto e ter poucas preocupações
ambientais. O ridículo se matasse dizimava o país. Mas o pior é o
incentivo que deu (e dá) aos imbecis 'pintores' de estátuas.
Saudações
monárquicas
Nota:
- Para honrar a memória do Padre António Vieira fiz em tempos umas
rimas inspiradas nos seus juízos mais conhecidos:
O
sol na palavras, o espírito ardente a pregar no passado o futuro
presente!
Na
visão luminosa a frase ressoa, clara , majestosa, a Pátria em
Pessoa!
E
a vida a correr no verso profundo, 'Portugal pra nascer, pra
morrer... todo o mundo'!
O
amor é uma árvore batida p'lo vento, 'a colunas de mármore
atreve-se o tempo... quanto mais, quanto mais, a corações de cera'!
O
índio é Missão, a lei um ardil, o meu coração ficou no Brasil!
A
cruz verdadeira é Deus quem a dita, sou António Vieira e fui
jesuíta!
Sem comentários:
Enviar um comentário