sexta-feira, junho 12, 2020

Os imbecis futuros guardas da revolução


Comecemos pela estatuária: - O Padre António Vieira nunca pediu que lhe fizessem uma estátua. A estatuária glorificativa é uma doença moderna de quem não acredita na eternidade. É uma recaída na civilização clássica pré-cristã. Hoje, o narcisismo é tal, que já se fazem estátuas em vida! Se calhar está na hora de recomeçar a construir pirâmides.

Segunda questão: - julgar ou avaliar a história passada à luz dos valores (oficiais) do presente é um erro monstruoso, uma idiotice completa, e um pretexto para reescrever a história à medida dos interesses de quem tem poder para o fazer. O processo é sempre o mesmo: - os porcos triunfam, instalam a ditadura do politicamente correcto, soltam as feras e os guardas da revolução fazem o resto. E a identidade de um povo vai à vida.

Terceira questão: - os responsáveis morais pelo atentado à estátua do Padre António Vieira estão na assembleia da república e nos demais órgãos de soberania. É ali que se tenta reescrever a história e não há melhor exemplo que a lei aprovada (por unanimidade) em 2013, lei que concede a nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas expulsos (imagine-se!) no século dezasseis!!! Mais própriamente no reinado de Dom Manuel, reinado esse que corresponde à época gloriosa dos descobrimentos, brazão maior da nossa identidade.

A dita lei de 2013, aparentemente para remediar uma injustiça, é no fundo um julgamento sobre uma decisão do estado português da altura, decisão que os senhores deputados de hoje acham que foi negativa, eles lá sabem porquê! Provávelmente não teriam expulsado os judeus mas sim o rei Dom Manuel!
Ou o Vasco da Gama por ter ido à Índia! O certo é que a partir deste precedente abre-se a porta para tudo o que lhes der na gana. Por exemplo, condenar o Fundador por violência doméstica, por não querer ser galego, por ter inventado um reino, por ter expulso os mouros, por não ser favorável ao aborto e ter poucas preocupações ambientais. O ridículo se matasse dizimava o país. Mas o pior é o incentivo que deu (e dá) aos imbecis 'pintores' de estátuas.

Saudações monárquicas

Nota: - Para honrar a memória do Padre António Vieira fiz em tempos umas rimas inspiradas nos seus juízos mais conhecidos:

O sol na palavras, o espírito ardente a pregar no passado o futuro presente!
Na visão luminosa a frase ressoa, clara , majestosa, a Pátria em Pessoa!
E a vida a correr no verso profundo, 'Portugal pra nascer, pra morrer... todo o mundo'!
O amor é uma árvore batida p'lo vento, 'a colunas de mármore atreve-se o tempo... quanto mais, quanto mais, a corações de cera'!
O índio é Missão, a lei um ardil, o meu coração ficou no Brasil!
A cruz verdadeira é Deus quem a dita, sou António Vieira e fui jesuíta!

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