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quinta-feira, maio 20, 2021

Hoje não há notícias da república!

 E as que há são requentadas, repetidas, e fazem parte do pacote de propaganda do regime. Assim as audições ao Novo Banco continuam dentro do mesmo ritmo, não há responsáveis pelo desastre e não se podem fazer perguntas que envolvam o Benfica no naufrágio do Banco. E se por acaso algum deputado mais inexperiente se atreve a ultrapassar aquela linha vermelha as respostas surgem inconclusivas e gaguejantes.* 

Outra não notícia é a notícia da eleição do novo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, de seu nome Henrique Araújo. Sabe-se que tem  67 anos e também se sabe que não vai completar o mandato porque os setenta anos são a idade limite para o exercício do cargo. Será concerteza uma excelente pessoa e desempenhará a função com grande esforço e  dignidade. Tenho no entanto uma pergunta a fazer na minha qualidade de eleitor: - o meritíssimo juiz é maçon?

Nunca o saberemos.

E já agora uma observação: - como se sabe nos Estados Unidos o cargo de juiz do supremo é vitalício. E daí advém o prestigio do respectivo órgão que assim foge às influências e pressões que a espuma dos dias sempre colocam. E também é verdade que nada ficou por escrutinar na altura da eleição ou nomeação de cada um dos seus membros. Os americanos sabem portanto com aquilo que contam.


Saudações monárquicas


*A frase da semana (ou talvez do século) pertence naturalmente a António Ramalho, CEO do Novo Banco, que afirmou na respectiva comissão de inquérito o seguinte: - 'O património de Luís Filipe Vieira vale mais não executado do que executado'! E assenta esta brilhante teoria no dano reputacional que o incumprimento provocaria, não na pessoa de Luís Filipe Vieira, mas no personagem com o mesmo nome que é presidente do Benfica! Então, se bem percebi, a bem da nação e do Novo Banco Luís Filipe Vieira terá de continuar como presidente do Benfica até saldar as suas dívidas pessoais. Ou seja, eternamente. Só não sei é se os sócios do Benfica já perceberam isto! 

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