Foi ontem aprovada na Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados a proposta do PSD que estabelece que os titulares de cargos públicos devem declarar as associações a que pertencem. A proposta, que teve o voto favorável de todos os partidos com excepção do PS, irá subir ao plenário da AR e depois veremos se consegue passar!
Tem sido um processo difícil e moroso por um lado para não ferir direitos constitucionalmente protegidos como a liberdade de associação, de religião e de culto, mas sobretudo por contar com a forte oposição da Maçonaria que vê na proposta um ataque à própria maçonaria e à privacidade dos cidadãos, numa argumentação velha e relha e já de todos conhecida.
Como se fosse natural a existência de sociedades secretas numa sociedade livre, como se fosse natural que em nome da privacidade possam escapar ao escrutínio dos portugueses no caso de se candidatarem a altos cargos públicos! Cargos onde podem surgir conflitos de interesses nomeadamente entre o serviço público e a obediência à respectiva maçonaria!*
Quanto à posição do partido socialista nada melhor que citar Rui Rio: - “O PSD propõe que os políticos tenham de declarar todas as organizações a que pertencem! A Maçonaria opõe-se com vigor e o PS obedece-lhe votando contra a nossa proposta. Tudo isto demonstra bem a degradação do regime e a aposta do PS na falta de transparência”.
Saudações monárquicas
*Em desespero de causa a maçonaria tenta comparar-se com as excepções que a proposta prevê para o caso de filiações de índole religiosa. Mas logo recua e baralha-se porque nunca vai admitir aquilo que na realidade é. Uma ordem militar religiosa... secreta.
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