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terça-feira, julho 13, 2021

Um advogado espertalhão!

 

O advogado do Vieira deu ontem espectáculo na TVI assegurando que até agora não vislumbrou qualquer crime nos factos que constam do despacho de acusação! E com uma autorização especial da Ordem dos Advogados para se pronunciar sobre o processo, foi fazendo o seu número, não se coibindo de criticar o procurador do ministério público que conduz a investigação (Rosário Teixeira) esquecendo-se do conflito de interesses que ele próprio representava. Um conflito que o pivot de serviço não foi capaz (ou não quis) questionar!


Com efeito Magalhães e Silva faz parte do Conselho Superior do Ministério Público, o órgão disciplinar e de avaliação de desempenho dos procuradores do ministério público. Um cargo destes deveria ser incompatível com o exercício simultâneo da advocacia pelo menos em processos tão sensíveis como este, em que uma das partes, quer queiramos quer não, são os contribuintes portugueses.


Mas o nosso conceituado penalista não dá importância a ninharias e desfiou a velha teoria da normalidade. Uma teoria muito usada pelos defensores de Sócrates. O esquema é isolar os factos, desligá-los do contexto e por fim considerar tudo normal! No caso de Sócrates era normal um primeiro ministro viver de amigos, ter uma casa em Paris, e receber envelopes com dinheiro vivo. No caso do Vieira, é normal ninguém saber ao certo qual é a estrutura accionista da SAD a que preside, assim como também deve ser normal ter toupeiras nos bancos que o ajudem a recomprar a própria dívida e com desconto para amigos! Tudo menos transparente, iludindo a lei e prejudicando os contribuintes!

Em resumo, tudo normal na república do avental!



Saudações monárquicas


Post scriptum:

Para concluir a apreciação a este advogado que conhecemos da TV desde os tempos da Casa Pia, li hoje esta pérola em roda pé numa das televisões subsidiadas: -'Se isto fosse com o Pinto da Costa já aqui estavam as claques'. 

Comentário: Em primeiro lugar o Benfica segundo Luís Filipe Vieira não tem claques. Em segundo lugar e para além de um certo desespero parece-me, posso estar enganado, que o advogado Magalhães e Silva estava a apelar à justiça popular?! Mas repito, devo estar enganado.  






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