Diz-se que na antiga Babilónia construíram uma torre para chegar ao Céu, mas Deus, incomodado com tanta proximidade, pôs os atrevidos a falar línguas diferentes e logo se desentenderam. E a torre caiu.
Em Lisboa passou-se mais ou menos o mesmo com uma diferença, não foi necessária a intervenção divina para percebermos que falavam línguas diferentes quando se referiam ao futuro da velha torre de Babel. A confirmar esta dificuldade um batalhão de analistas e estrategas esforçou-se (durante três dias) por descobrir nas entrelinhas, nas vírgulas e nas palavras mais repetidas, algum indício… que chegasse ao céu. Tarefa vã uma vez que a unanimidade se escondeu numa única frase – ‘cimeira histórica’!
Histórias à parte, é bem possível que a verdadeira agenda não tenha sido revelada ao público, ou por ser inconveniente, ou por ser redundante! Redundante, porque se tratava de arrumar (e arquivar) a ‘tralha’ que havia sobrado da guerra fria; inconveniente, porque o que se pretendia era encontrar um consenso alargado para (mais dia, menos dia) abater o Irão, tal como Bush pai e filho, já haviam feito para liquidar o Iraque com a historieta das armas de destruição massiva. Percebe-se que estas coisas tenham que ser (bem) manobradas para que não venha à baila o arsenal nuclear de Israel, da Índia ou do Paquistão, considerados 'nuclear amigo'! E claro, também seria desagradável mencionar a Coreia do Norte, por causa da China. Estes e outros assuntos ficaram convenientemente na gaveta.
Reservo um último capítulo para a participação portuguesa nesta cimeira! À semelhança do que aconteceu com o tratado de Lisboa os portugueses dominaram mais uma vez os acontecimentos melhorando inclusive na serenidade da linguagem, evitando pás e porreiros! É claro que tudo isto tem duas leituras e admito que os mais cépticos estejam a pensar nas consequências do Tratado de Lisboa e por aqui concluam que quando os portugueses chegam ao topo… pode vir aí borrasca da grossa! Pode ser que não, vamos ser positivos, não esqueçamos que Sócrates recebeu um elogio de Obama (!), o que augura uma próxima futura aposentação só para organizar cimeiras pelo planeta! E deve levar consigo o seu ministro da administração interna, um verdadeiro especialista em bloquear e imobilizar cidades inteiras em nome da segurança dos altos interesses, das altas individualidades! Amanhã continua a vidinha dos portugueses, com todos os seus problemas, e todas as suas (ridículas) inseguranças.
Saudações monárquicas
Em Lisboa passou-se mais ou menos o mesmo com uma diferença, não foi necessária a intervenção divina para percebermos que falavam línguas diferentes quando se referiam ao futuro da velha torre de Babel. A confirmar esta dificuldade um batalhão de analistas e estrategas esforçou-se (durante três dias) por descobrir nas entrelinhas, nas vírgulas e nas palavras mais repetidas, algum indício… que chegasse ao céu. Tarefa vã uma vez que a unanimidade se escondeu numa única frase – ‘cimeira histórica’!
Histórias à parte, é bem possível que a verdadeira agenda não tenha sido revelada ao público, ou por ser inconveniente, ou por ser redundante! Redundante, porque se tratava de arrumar (e arquivar) a ‘tralha’ que havia sobrado da guerra fria; inconveniente, porque o que se pretendia era encontrar um consenso alargado para (mais dia, menos dia) abater o Irão, tal como Bush pai e filho, já haviam feito para liquidar o Iraque com a historieta das armas de destruição massiva. Percebe-se que estas coisas tenham que ser (bem) manobradas para que não venha à baila o arsenal nuclear de Israel, da Índia ou do Paquistão, considerados 'nuclear amigo'! E claro, também seria desagradável mencionar a Coreia do Norte, por causa da China. Estes e outros assuntos ficaram convenientemente na gaveta.
Reservo um último capítulo para a participação portuguesa nesta cimeira! À semelhança do que aconteceu com o tratado de Lisboa os portugueses dominaram mais uma vez os acontecimentos melhorando inclusive na serenidade da linguagem, evitando pás e porreiros! É claro que tudo isto tem duas leituras e admito que os mais cépticos estejam a pensar nas consequências do Tratado de Lisboa e por aqui concluam que quando os portugueses chegam ao topo… pode vir aí borrasca da grossa! Pode ser que não, vamos ser positivos, não esqueçamos que Sócrates recebeu um elogio de Obama (!), o que augura uma próxima futura aposentação só para organizar cimeiras pelo planeta! E deve levar consigo o seu ministro da administração interna, um verdadeiro especialista em bloquear e imobilizar cidades inteiras em nome da segurança dos altos interesses, das altas individualidades! Amanhã continua a vidinha dos portugueses, com todos os seus problemas, e todas as suas (ridículas) inseguranças.
Saudações monárquicas
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