De
um dia para o outro a política de saúde mudou! E a curva portuguesa
que até aqui seguia a linha norte coreana, quanto menos testes menos
infectados, vai seguramente ganhar formas dignas desse nome. Isto
quer dizer que frases como a ´racionalização de testes' ou a
'falsa sensação de segurança' vão deixar de se ouvir. Agora o que
importa é a 'detecção precoce dos casos positivos'* o que implica
testar todas as pessoas que revelem algum dos sintomas conhecidos e
todos os suspeitos (ainda que assintomáticos) de contaminação
comunitária.
Ora
bem, isto é equivalente a duas coisas: - o número de infectados vai
disparar e o número de testes não vai chegar. E mesmo que chegasse
não existe capacidade no terreno para implementar o rastreio que a
situação exige. Sem esquecer que na 'linha da frente' vão
acontecer baixas não se vislumbrando também quem as possa
substituir. A não ser a tropa (por obrigação patriótica) ou em
última análise os inesgotáveis cubanos!
Uma
última sugestão para o superavit do super Mário: - espero que um
dia seja levado à conta de perdas e danos no Serviço Nacional de
Saúde. E não só.
*Entretanto
mantém-se a política de mandar para casa os casos (aparentemente)
ligeiros transformando cada lar numa extensão do SNS. É uma ideia
engenhosa, que os chineses tentaram no início, mas que desistiram
rápidamente face à previsível contaminação do restante agregado
familiar. Mas talvez resulte em Portugal. Se houver apoio e testes.
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