Para
quem sabe envelhecer a idade costuma trazer sabedoria e bom senso.
Não é manifestamente o caso do presidente do FC Porto. Numa
comparação infeliz disse que não compreendia porque é que as
touradas podiam ter (algum) público e o futebol continuava a ser
jogado à porta fechada. Uns dias depois, como era expectável, o
idiota do PAN repetiu a mesma idiotice em protesto contra a primeira
corrida de touros no Campo Pequeno.
Eu,
ao André Silva, representante dos animais e das plantas sem eles e elas saberem, ainda posso aceitar este tipo de idiotices. Ao presidente do
FC Porto, não! Mas analisemos então as idiotices. O futebol é um
espectáculo desportivo e por ser espectáculo vive naturalmente do
público. Aliás como a pandemia demonstrou amplamente o futebol
profissional corria risco de falência sem as receitas televisivas.
Por isso o Estado (DGS) tudo fez para assegurar o que restava do
campeonato e os jogos foram todos transmitidos em directo salvando
assim os cachets acordados com as televisões. O futebol teve
portanto muito público a assistir aos jogos.
De
que se queixa então Pinto da Costa?! Queria que a comunidade
corresse ainda mais riscos e que os contribuintes pagassem também o
policiamento e a fiscalização da ordem e das regras sanitárias à
entrada dos estádios e dentro deles?!
E
quer comparar o ambiente e o público das touradas com o ambiente e o
público do futebol?! Onde como sabemos a competição faz parte da
sua essência podendo facilmente resvalar para excessos de emotividade e violência?!
Pinto
da Costa só teria alguma razão se a televisão pública garantisse
a transmissão em directo de todas as touradas. E a receita
previsível. Mas não é isso que acontece. Hoje em dia a república
não gosta de espectáculos de raiz popular. Prefere parvoíces
politicamente correctas.
Quanto
ao PAN é preciso explicar que os espectáculos, mesmo aqueles que o André Silva
não gosta, são ainda assim espectáculos. Dependem do público e das receitas da bilheteira. Mas isto é muita areia para aquela camionete. Posso fazer um desenho: - por exemplo, o André já imaginou o que era um
concerto sem assistência, e sem transmissão radiofónica ou televisiva?! Pois é, não era um concerto, era um ensaio. Pode agora
continuar a imaginar. Uma peça teatral, por exemplo! Ou uma intervenção
do PAN na assembleia da república?! Sem que ninguém a veja ou oiça?! Seria
o ideal, mas e depois?! O país ficava sem orientação?!
Saudações
tauromáquicas
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