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sábado, agosto 01, 2020

Pinto da Costa, o PAN e a estupidez natural!


Para quem sabe envelhecer a idade costuma trazer sabedoria e bom senso. Não é manifestamente o caso do presidente do FC Porto. Numa comparação infeliz disse que não compreendia porque é que as touradas podiam ter (algum) público e o futebol continuava a ser jogado à porta fechada. Uns dias depois, como era expectável, o idiota do PAN repetiu a mesma idiotice em protesto contra a primeira corrida de touros no Campo Pequeno.

Eu, ao André Silva, representante dos animais e das plantas sem eles e elas saberem, ainda posso aceitar este tipo de idiotices. Ao presidente do FC Porto, não! Mas analisemos então as idiotices. O futebol é um espectáculo desportivo e por ser espectáculo vive naturalmente do público. Aliás como a pandemia demonstrou amplamente o futebol profissional corria risco de falência sem as receitas televisivas. Por isso o Estado (DGS) tudo fez para assegurar o que restava do campeonato e os jogos foram todos transmitidos em directo salvando assim os cachets acordados com as televisões. O futebol teve portanto muito público a assistir aos jogos.

De que se queixa então Pinto da Costa?! Queria que a comunidade corresse ainda mais riscos e que os contribuintes pagassem também o policiamento e a fiscalização da ordem e das regras sanitárias à entrada dos estádios e dentro deles?!
E quer comparar o ambiente e o público das touradas com o ambiente e o público do futebol?! Onde como sabemos a competição faz parte da sua essência podendo facilmente resvalar para excessos de emotividade e violência?!
Pinto da Costa só teria alguma razão se a televisão pública garantisse a transmissão em directo de todas as touradas. E a receita previsível. Mas não é isso que acontece. Hoje em dia a república não gosta de espectáculos de raiz popular. Prefere parvoíces politicamente correctas.

Quanto ao PAN é preciso explicar que os espectáculos, mesmo aqueles que o André Silva não gosta, são ainda assim espectáculos. Dependem do público e das receitas da bilheteira. Mas isto é muita areia para aquela camionete. Posso fazer um desenho: - por exemplo, o André já imaginou o que era um concerto sem assistência, e sem transmissão radiofónica ou televisiva?! Pois é, não era um concerto, era um ensaio. Pode agora continuar a imaginar. Uma peça teatral, por exemplo! Ou uma intervenção do PAN na assembleia da república?! Sem que ninguém a veja ou oiça?! Seria o ideal, mas e depois?! O país ficava sem orientação?!

Saudações tauromáquicas


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