quarta-feira, janeiro 06, 2021

Debates no museu da história!

 

Anda a esquerda (que é praticamente o país inteiro) muito entusiasmada com a aparição de um liberal nos debates presidenciais! É vê-los embevecidos, surpresos, curiosos, como se estivessem na presença de um extra-terrestre e todos lhe querem tocar para terem a certeza que existe! Provávelmente têm saudades dos tempos em que não havia marxistas leninistas, nem maoístas, e eram todos jacobinos. Quanto ao nosso Mayan, vindo directamente da Invicta, já percebi que não é miguelista mas também não sei se canta a marselhesa. Esperemos que não e que puxe mais aos ingleses. E fica o aviso: - convém desconfiar dos elogios desta recente e inesperada massa associativa. Na vida real os portugueses estão viciados em estado, até para mudarem as fraldas. A famosa sociedade civil é um mito urbano.


Falemos agora de Ventura que não tem culpa de ser do Benfica e ter nascido em Mem Martins. Mas deve ter quem o aconselhe. Eu já já lhe dei algumas dicas. Cuidado com o nacional benfiquismo, cuidado com a corrupção selectiva, cuidado com a ignorância. A alma portuguesa não tem a forma de uma águia nem viaja na TAP. Construímos as naus porque precisávamos delas e tínhamos onde ir. E a direita (que não existe em Portugal desde os tempos de Dom Miguel) sempre protegeu os mais fracos sejam ciganos ou não. A conversa dos contribuintes é útil contra os socialistas que nos metem todos os dias a mão nos bolsos mas não serve para tudo. O patriotismo, o verdadeiro, tem que respeitar a herança universal que legámos ao mundo. E essa não é republicana. Nem tem a ver com penas de morte ou castrações químicas. Pelo contrário.


Assim, onde é preciso insistir e daí alguma esperança que a sua candidatura suscita é na mudança do regime, do sistema, ou o que lhe queiram chamar. E para que isso ocorra é preciso mudar a constituição que alberga, sustenta e protege uma nomenclatura que há mais de cem anos se apoderou do estado. Está identificada: - é laica, republicana e socialista. É esta trilogia que de facto nos condena à pobreza e à dependência perpétuas.



Saudações monárquicas


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