A
gente esforça a imaginação, aguça a memória, reinventa-se, mas
no fim do dia a realidade impõe-se. A república é uma cópia em
ponto pequeno dos antigos regimes do leste europeu, onde pontificava
o centralismo democrático. Há eleições, há partidos, mas não há
verdadeira oposição. A alternância cozinha-se dentro de casa,
dentro da loja, ou nos camarotes da bola! É assim que temos um
governo familiar, uma assembleia familiar e uma justiça que defende
sobretudo a família, em sentido peculiar.
Mas
não éramos inteiramente felizes! Uma procuradora determinada e à
revelia dos 'superiores interesses da nação' insistia em
investigar a família! Em causa, imagine-se, um ex-amigo do actual
primeiro ministro e um ainda amigo do actual presidente da república.
Já para não falar do clube dos seis milhões. É demais, não pode
ser. Não houve outro remédio senão substituí-la.
Saudações
monárquicas