Macron a governar!

 

Quando ontem distraidamente liguei a televisão portuguesa Macron discursava em directo, julgo que para os franceses, anunciando as duríssimas medidas de confinamento que iria decretar. Entretanto uma diligente locutora da SIC ía traduzindo as justificações do presidente francês para o efeito. E tudo parecia natural... mas não era. Os noticiários dão notícias não fazem directos sobre o que vão decidir os chefes de estado ou de governo nos respectivos países. A propósito da pandemia ou de outra coisa qualquer. A não ser que o governo Costa ou o presidente Marcelo precisem de uma justificação/apoio externo para tomar uma decisão interna! Nesse caso se calhar não precisamos nem de governo nem de presidente da república. A outra hipótese seria o presidente Marcelo, que anda a ouvir toda a gente, ouvir também Macron, antes de tomar uma decisão.

Saudações monárquicas

Chegou, viu e venceu!

 

Pois é verdade, na segunda vez que vai a eleições o Chega de André Ventura conseguiu aquilo que se julgava impossível – acabar com a ditadura socialista no arquipélago dos Açores! Ou era o César, ou era o Cordeiro, ou era o filho do César que já se perfilava numa curiosa sucessão dinástica, era socialismo a mais.

Mas eis que chega o Ventura e acabou-se a marmelada. Numa conjuntura muito difícil, o Chega conseguiu eleger dois deputados, um por São Miguel, outro pelo 'circulo compensação', circulo que considera o somatório global dos votos em cada partido*. Quanto ao PS se é verdade que ainda conseguiu ganhar também é verdade que perdeu a maioria absoluta, situação que já durava há mais de vinte anos!  E desta vez os seus amiguinhos da geringonça não lhe podem valer. O PCP desapareceu e o Bloco não chega. Nesta realidade só alguma tentação do CDS poderá evitar uma maioria de direita no Parlamento açoriano. Mas pelo alarido do Chicão, que não se cansou de cantar vitória, não me parece que os centristas locais tenham lata para isso. Se tiverem é o fim do CDS.

Verdade seja dita que também não será fácil construir uma geringonça de direita. Nem creio que seja útil, quer para os Açores, quer para a autonomia, quer para os partidos que chegam agora ao hemiciclo. Que precisam de crescer e de mostrar o que valem. O melhor mesmo é deixar o Cordeiro a governar em minoria sujeito a uma fiscalização apertada do parlamento açoriano.

Uma referência final para a resistência do PPM em algumas ilhas um bom exemplo para o que podemos fazer no continente em termos de 'zonas livres' do socialismo. Que é sempre laico e republicano.

*circulo de compensação é uma ideia que devia ser também posta em prática no continente. Basta lembrar os votos perdidos pelos pequenos partidos nos círculos eleitorais onde se elegem poucos deputados. Exemplos: Portalegre, Beja, etc.

Saudações monárquicas

Adenda: Ouvi atentamente o testemunho de um dos médicos intensivistas que trabalham no Hospital São João do Porto. Um testemunho lúcido de quem mete todos os dias 'a mão na massa', como é uso dizer-se. Alertou para a responsabilidade de todos nestes momentos cruciais do combate à pandemia salientando que o que se passou este fim de semana no Algarve não pode acontecer.

Ana Gomes socialista...

 

Já aqui elogiei Ana Gomes a propósito do combate á corrupção, nomeadamente quando saiu em defesa de Rui Pinto. Foi um erro. Não se pode elogiar quem no passado apoiou a Fretilin (a grande responsável pela guerra civil em Timor) e foi embaixatriz da 'descolonização exemplar'! Não há corrupção maior do que essa.

Mas afinal o que é que aconteceu?! Aconteceu que Ana Gomes não mudou. Mantém os tiques da antiga militante maoísta, usa a capa do PS para ganhar visibilidade, enquanto acalenta projectos de poder pessoal bastante duvidosos! Uma mescla sino soviética de anti capitalismo e capitalismo de estado que faz parte do ADN das chamadas elites nacionais. Uma socialista chapada.

Apesar deste curriculum podia manter-se sossegada, mantendo-se exclusivamente no combate á corrupção onde de certa maneira estava a ganhar algum reconhecimento público. Mas não. Burguesa dos pés à cabeça, sedenta de protagonismo, resolveu candidatar-se à presidência da república não se importando com isso de dividir o seu próprio partido. Para amenizar o facto e de certo modo receber algum apoio da nomenclatura socialista, convidou para seu chefe de campanha Paulo Pedroso, que por acaso é o marido da líder socialista na assembleia da república. São acasos demais e o mais certo é ter dado um tiro nos pés. Os portugueses dificilmente se esquecem da Casa Pia e dos seus protagonistas.

Os dados porém estão lançados e Ana Gomes vai mostrando a sua verdadeira índole. Uma das últimas pérolas é a sugestão para que o governo intervenha na medicina privada colocando-a ao serviço do SNS. Sem tugir nem mugir, imaginando-se em Cuba ou na Coreia do Norte! Em primeiro lugar é uma idiotice socialista e que só pode ser dita por quem não consegue ter uma visão global do SNS. Em segundo lugar é uma confissão de impotência! Então afinal o SNS (socialista) não é auto suficiente como nos andam sempre a garantir a Marta pandémica e a Graça lenços ao pescoço?!

O socialismo nunca combate a corrupção, é a corrupção.

A pandemia socialista!

 Em números redondos e para não ir mais longe Portugal sofre desde 1974 de uma doença grave vulgarmente designada por socialismo. O surto começou com uma caminhada, em certo momento interrompida, mas que prosseguiu depois indiferente às várias vacinas produzidas e aos relatos de cura de muitos países até aí infectados. E chegou aos nossos dias! Com o decorrer dos anos os portugueses habituaram-se e a doença tornou-se crónica. Um dos sintomas é o facto de só haver partidos de esquerda. Assim e para além dos que já nascem com a doença (PCP, Bloco e PS) temos os que disfarçam a doença, caso do PSD, os contaminados pela doença, caso do CDS e ainda alguns assintomáticos - o PAN anda no veterinário e a Iniciativa Liberal no endireita. A tentar escapar à pandemia só o Chega. Por isso põem-no sempre de quarentena.

Ora bem, perante este cenário não há serviço nacional de saúde que consiga responder. Para ultrapassar esta dificuldade ouvimos diáriamente as instruções do Professor Marcelo e do doutor Costa – põe a máscara, tira a máscara, hoje sim, amanhã não, ajuntamentos, consoante. Cara ou coroa?! Contingência ou calamidade?! Vocês nunca acertam. E a Aplicação? Obrigatória, se for constitucional, bem entendido. Estão a ver?! Estamos.

A democracia às moscas!

 

A grande república americana, maior democracia do mundo para alguns idiotas, especialmente aqueles que vêem a política como um filme de cow boys..., está, digamos assim, à mercê de uma mosca! Se eu não fosse monárquico e se não soubesse há muito tempo que as repúblicas são todas iguais e sofrem todas da mesma doença, estaria nesta altura bastante consternado. A ponto de largar tudo e internar-me no deserto mais próximo. Não sendo assim divirto-me. Divirto-me sobretudo com os detractores do Trump. Que em Portugal é quase toda a gente o que quer dizer que estou sempre a divertir-me. Ao princípio ainda achava esquisita tanta maledicência, tanto unanimismo, mas agora não, agora já compreendo. E compreendo a esperança dos 'democratas' na mosca que pousou na cabeça branca do vice de Donald Trump. Que pode de facto ser um trunfo eleitoral para quem só tem na mão duques e senas tristes.

Saudações monárquicas

A oposição que temos...

Nesta procura insana por uma alternativa política, uma esperança, eu ao longo da vida tenho-me agarrado a tudo! É a condição ou o preço de ter nascido numa república que é filha da revolução francesa que por sua vez é mãe da revolução bolchevique e avó de todos os regimes atrasados do planeta.

Assim, no presente, tenho aplaudido Rui Rio por me parecer um político sério, ou mais sério do que a maioria, que sabe fazer contas, e já provou que mantém uma distância higiénica da bola indígena! Um dos pilares da política republicana de pão e circo e biombo de corrupções várias. Em suma, estou convencido que Rio não é homem para me assaltar a carteira.

Também tenho seguido a evolução do Chega e do seu líder Ventura, um percurso cheio de altos e baixos sendo que os baixos são muito baixos para o meu gosto. Um desses baixos é a sua obssessão pelo sexo! E como se esse fosse o probema nacional! Aliás em curioso contraponto com a esquerda! Esta quer abusar das criancinhas nas aulas de cidadania. Ventura quer punir os 'abusos' com castrações químicas! Mas só a alguns. Porque levando á risca o que propôe teria que começar pela assembleia da república. Os exemplos devem começar por cima e não por baixo.

Outros dos aspectos onde Ventura falha é, como temos vindo a dizer, no combate à corrupção. Vê mal ao perto! Não vê o que se passa no seu clube e com o seu presidente. E assim deixou que Ana Gomes se apropriasse de Rui Pinto. A sua sorte foi ela ter dado um tiro no pé com a escolha do Pedroso para chefe de campanha.

Enfim e resumindo: - é preciso estarmos num grande deserto para, apesar de tudo, ainda esperarmos alguma coisa de André Ventura!

Do CDS há pouco a dizer. O Chicão veio da direccção do Sporting e os outros notáveis são quase todos comentadores da bola! Resta a Cecília Meireles!

Em termos de oposição é o que temos. Faltam apenas alguns escritos, parcas intervenções ou programas como 'a cor do dinheiro' que também vejo. O problema é que mal a gente se distrai, lá aparece a afirmação republicana e o ferrete da revolução francesa. Muitos nem dão por isso. Continuam a criticar tudo e todos mas para eles o regime é intocável. Não tem culpa de nada. E andam nisto há três repúblicas, vésperas de uma quarta! Também ninguém lhes pergunta: - se não tem culpa de nada então para que serve?

Saudações monárquicas

Cerimónias de máscara e avental...

Em cerimónia restrita, celebrada por um grupo cada vez mais restrito, mais próximo da realidade, foi assim o cinco de Outubro de ontem! Desta vez com máscara mas ainda sem avental o ritual seguiu os seus trâmites, o mesmo içar da bandeira partidária, o mesmo discurso cansado a justificar o implante, expressão que retrata fielmente o regime postiço que sofremos. Cá fora na praça vazia, a guarda pretoriana do regime vigiava as pedras da calçada.

Ordem do Infante ou Ordem de Lenine?!

 

O Infante Dom Henrique e a sua Ordem de Cristo não têm mãos a medir! A república não lhes dá descanso! São comendas atrás de comendas desde futebolistas a doutores, vultos e entidades que segundo a gíria oficiosa pôem 'Portugal no mapa' de onde, pelos vistos, está sempre a desaparecer!

Desta vez o grande empresário das descobertas vai ser obrigado a condecorar um dos pilares da luta contra a iniciativa empresarial – a CGTP! A proposta é do primeiro ministro, tem o aplauso do presidente do politburo português e será entregue pelo presidente da república laica e socialista. Tudo nos conformes. E não há nem pode haver reclamações (ou petições) a fazer. Seriam hipócritas e ridículas. Este é o caminho que escolhemos, a consagração da realidade, cinquenta anos de socialismo que alimentámos com a nossa inércia e os nossos votos. A única pessoa que pode queixar-se é o Infante.

Saudações monárquicas

Há alguém por aí?!

 

A república não responde e a pergunta fica obviamente sem resposta. Aliás isto já nem é uma república, é uma coisa, o resto que sobrou de um século de compadrio. Também de mentiras e traições, um beco sem saída. Dizer mal pode ser vício e fazer parte da coisa, mas sejamos justos, como podemos dizer bem de uma comunidade onde as figuras de proa são o filho que traiu o estado novo e um malabarista amigo de quem vive de amigos! Olha-se à volta, abre-se a televisão e o panorama confirma os piores receios. No pequeno ecrã passam burlões e bufões e outras identidades do género. Descendo um pouco mais é possível assistir a um 'debate' sobre as presidenciais americanas onde os comentadores convidados são todos anti-Trump! Nos intervalos o assunto nacional é o 'futebol falado' modalidade acessível a magistrados e políticos sem qualquer distinção de sexo, raça ou filiação partidária. Ontem, por exemplo, um dos programas de maior audiência terá sido o momento em que um presidente de clube, mais conhecido por rei das imparidades, choramingava emocionado na melhor tradição dos padrinhos napolitanos! O futuro?! O futuro são as presidenciais onde seremos de novo transportados para a RTP memória! E os candidatos são: - Marcelo não façam ondas, Ana da Casa Pia e Ventura o químico! Neste cenário, em condições normais aconselhava-se a emigração em massa! Com a pandemia o melhor é ficar em casa o mais confinado possível.

Saudações monárquicas