Ora bem, ainda não falámos da governança, por várias razões, sendo que a principal tem a ver com o facto de continuarmos convencidos (somos um bocadinho teimosos!) que temos um problema de regime e nestas circunstâncias, os governos, por mais bem intencionados que sejam, ficam-se por aí, pelas boas intenções.
Mas falemos um pouco do novo governo.
O ministro da economia deixou-me boa impressão! Tem ideias próprias o que incomoda sobremaneira os comentadores de serviço. Mais uma razão para o apreciarmos.
Os mesmos comentadores também opinam sobre Assunção Cristas. Afirmam que tem um ministério imenso! Tenho opinião diferente: - a agricultura não existe, as pescas também não, o mar é dos espanhóis, e o ambiente é fraco! Por conseguinte, se Assunção Cristas acrescentar alguma coisa a este deserto já fez um bom trabalho.
Uma palavra para Paula Teixeira da Cruz, mulher combativa que se propõe defrontar a justiça! A nossa velha justiça maçónica! Tarefa árdua, mas só uma mulher poderia (poderá) fazê-lo. Contra ela o facto de estar convencida que pode fazer alguma coisa sem mexer na constituição! Mesmo mexendo, vai ser o cabo dos trabalhos.
Quanto ao governo no seu conjunto, alguns sinais positivos e um negativo. Sinais positivos de algum espírito patriótico. O aspecto negativo prende-se com uma segunda encenação do ‘bom aluno de Bruxelas’, reprise pouco recomendável sabendo-se o que aconteceu com a estreia de Cavaco. Se bem me lembro, desfizemo-nos da nossa máquina produtiva a troco de subsídios... que o vento levou. Além de que numa união não devem existir nem alunos nem mestres, mas simplesmente parceiros que se respeitam entre si.
É claro que o actual estado de necessidade obriga a algumas piruetas, mas não me parece boa ideia colocarmos o acento tónico (das nossas convicções) naquilo que nos distingue da Grécia! Mas seremos assim tão diferentes dos gregos?!
Mas falemos um pouco do novo governo.
O ministro da economia deixou-me boa impressão! Tem ideias próprias o que incomoda sobremaneira os comentadores de serviço. Mais uma razão para o apreciarmos.
Os mesmos comentadores também opinam sobre Assunção Cristas. Afirmam que tem um ministério imenso! Tenho opinião diferente: - a agricultura não existe, as pescas também não, o mar é dos espanhóis, e o ambiente é fraco! Por conseguinte, se Assunção Cristas acrescentar alguma coisa a este deserto já fez um bom trabalho.
Uma palavra para Paula Teixeira da Cruz, mulher combativa que se propõe defrontar a justiça! A nossa velha justiça maçónica! Tarefa árdua, mas só uma mulher poderia (poderá) fazê-lo. Contra ela o facto de estar convencida que pode fazer alguma coisa sem mexer na constituição! Mesmo mexendo, vai ser o cabo dos trabalhos.
Quanto ao governo no seu conjunto, alguns sinais positivos e um negativo. Sinais positivos de algum espírito patriótico. O aspecto negativo prende-se com uma segunda encenação do ‘bom aluno de Bruxelas’, reprise pouco recomendável sabendo-se o que aconteceu com a estreia de Cavaco. Se bem me lembro, desfizemo-nos da nossa máquina produtiva a troco de subsídios... que o vento levou. Além de que numa união não devem existir nem alunos nem mestres, mas simplesmente parceiros que se respeitam entre si.
É claro que o actual estado de necessidade obriga a algumas piruetas, mas não me parece boa ideia colocarmos o acento tónico (das nossas convicções) naquilo que nos distingue da Grécia! Mas seremos assim tão diferentes dos gregos?!
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De facto, na Grécia existe corrupção e aqui em Portugal nunca se provou a sua existência. Também é verdade que na Grécia todos os dias se descobrem fraudes e aqui, quando abrimos um armário está tudo arrumadinho. Dizem-nos que na função pública grega há imensos motoristas para o mesmo automóvel e todos nós sabemos que em Portugal é ao contrário, o que existe é um enorme excedente de automóveis. São diferenças assinaláveis. Por outro lado os gregos parecem ter uma vocação especial para grandes eventos suportados por grandes obras públicas, e nada disso acontece em Portugal. Aqui, o Estado é um exemplo de modéstia e contenção. Outra diferença determinante tem a ver com a suposta reforma do Estado. Na Grécia, o Estado é irreformável, e em Portugal estamos cheios de esperança que continue tudo na mesma. Por último, a dívida grega é menor que a nossa, e isso também é uma diferença.
Aqui chegados, perante tais diferenças, talvez fosse preferível escolher uma estratégia diferente para convencer os credores de que estamos determinados a honrar os nossos compromissos. Até porque é feio fazermos queixinhas de um menino (da nossa escola) que afinal se porta tão mal como nós.
Saudações monárquicas
De facto, na Grécia existe corrupção e aqui em Portugal nunca se provou a sua existência. Também é verdade que na Grécia todos os dias se descobrem fraudes e aqui, quando abrimos um armário está tudo arrumadinho. Dizem-nos que na função pública grega há imensos motoristas para o mesmo automóvel e todos nós sabemos que em Portugal é ao contrário, o que existe é um enorme excedente de automóveis. São diferenças assinaláveis. Por outro lado os gregos parecem ter uma vocação especial para grandes eventos suportados por grandes obras públicas, e nada disso acontece em Portugal. Aqui, o Estado é um exemplo de modéstia e contenção. Outra diferença determinante tem a ver com a suposta reforma do Estado. Na Grécia, o Estado é irreformável, e em Portugal estamos cheios de esperança que continue tudo na mesma. Por último, a dívida grega é menor que a nossa, e isso também é uma diferença.
Aqui chegados, perante tais diferenças, talvez fosse preferível escolher uma estratégia diferente para convencer os credores de que estamos determinados a honrar os nossos compromissos. Até porque é feio fazermos queixinhas de um menino (da nossa escola) que afinal se porta tão mal como nós.
Saudações monárquicas
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Adenda:- Lamentávelmente, esqueci-me de enunciar uma importante diferença que nos distingue da Grécia, diferença real entre uma democracia (a grega) e a nossa 'ditadura democrática'. E explico: - a constituição grega permite que os gregos se pronunciem sobre o respectivo regime, e neste sentido, a verdade é que nos últimos cinquenta anos a Grécia já mudou da república para monarquia, regressando posteriormente ao regime republicano. Tudo isto através de referendos que expressaram a vontade soberana do povo grego. O contrário do que se passa em Portugal, onde a constituição proíbe que os portugueses se pronunciem sobre o regime, um atestado de menoridade e incapacidade que nos devia envergonhar a todos.
Mais uma razão para estarmos caladinhos no que se refere à Grécia.