Entre vários canais
Fui ouvindo as queixas
Às vezes amargas
Outras sem pudor
Ouvi bastonários
De voz embargada
E ouvi os juizes
Desembargadores
Ouvi funcionários
De todas as cores
Fiquei comovido
Com tanto suor!
Escapou-me uma lágrima
P’ró televisor
E viva a república
Dos comentadores!
Que ganham à letra
Com alma e amor
Que eu nunca vi Pátria
Com tanto orador!
terça-feira, outubro 25, 2011
sexta-feira, outubro 21, 2011
quinta-feira, outubro 20, 2011
O fim do centenário…
Foi hoje que perdeste a guerra
Que não quiseste travar
Com tudo o que isso encerra
Foi hoje que perdeste a guerra
Na fronteira de além-mar
É hoje ao fim do dia
Que termina o centenário
Com tudo o que isso encerra
É hoje ao fim do dia
Que começa o teu calvário
És hoje Pátria vencida
Que a ti própria te venceste
E a coroa que jaz caída
De espinhos e de agonia
Foi a coroa que escolheste
Dá vivas à liberdade
Reclama pela igualdade
Ergue o punho bem fechado
Povo unido e bem tramado
Exulta de fraternidade!
Que não quiseste travar
Com tudo o que isso encerra
Foi hoje que perdeste a guerra
Na fronteira de além-mar
É hoje ao fim do dia
Que termina o centenário
Com tudo o que isso encerra
É hoje ao fim do dia
Que começa o teu calvário
És hoje Pátria vencida
Que a ti própria te venceste
E a coroa que jaz caída
De espinhos e de agonia
Foi a coroa que escolheste
Dá vivas à liberdade
Reclama pela igualdade
Ergue o punho bem fechado
Povo unido e bem tramado
Exulta de fraternidade!
terça-feira, outubro 18, 2011
Santa paciência!
Oh, Vítor (Gaspar), tu não tens culpa, és um mero feitor da ‘coisa pública’, atiraram-te para a frente do toiro, e tens que pegar o défice pelos cornos! Eu percebo a urgência, se não for assim não nos emprestam o dinheiro para sustentar a ‘coisa pública’. O problema é que a ‘coisa pública’ não é pública, não é de todos os portugueses, pertence a uns quantos, que a usam em seu belo proveito. Claro, homens honrados, cheios de ética republicana!
Eu sei Vítor, tiveste alguma coragem, atacas-te finalmente a tal gordura, mas pegaste o toiro de cernelha, e na cernelha arrancas-te carne verdadeira. A carne seca das magras reformas. Havia outra maneira, e tu sabes qual era – o tecto, Vítor, estabelecer um tecto nas remunerações (e reformas) da função pública. Essa é que era a pega de caras.
E qual seria o tecto?! Se me fazes a pergunta assim eu respondo-te com outra pergunta. Vá, vamos raciocinar os dois em voz alta (como gostas de responder!) – quanto é que podes pagar em média aos 750.000 funcionários que recebem directamente do orçamento de estado? Ou melhor, quanto é que achas que podes pedir emprestado ao estrangeiro (a juro alto), mês após mês para ficar tudo na mesma?! Tu é que sabes, tu é que és o feitor deste regime.
E por falar em regime julgo que tens consciência que ainda não chegámos às reformas estruturais, e é isso que me preocupa, e preocupa os credores. Aliás essa é uma exigência da troika. Eles sabem (até para segurança dos seus créditos) que sem reformas estruturais Portugal não vai a lado nenhum, nem estará em condições de pagar o que deve.
Vítor, tu és inteligente e sabes que as reformas estruturais têm a ver com alterações de natureza política. Têm a ver com alterações constitucionais e nessas ninguém quer ouvir falar. Mas sem essas alterações Portugal não muda para melhor.
Vamos continuar a raciocinar em voz alta: - por exemplo, a propósito das funções do estado, tu achas que a educação deve ser entregue a funcionários públicos? Funcionários aos milhares, e quer sejam competentes ou incompetentes, não podem ser despedidos?! Consegues perceber esta fixação na educação pública a não ser para propaganda do regime e dos seus ideais, obviamente partidários?! O que se disse para a educação pode alargar-se a outras áreas onde o estado deve intervir, mas apenas para fiscalizar ou regular a respectiva actividade. Fiscalizador implacável mas imparcial. Em nome da coisa pública.
Portanto, Vítor, controla lá o défice, mas não te esqueças das reformas estruturais.
Saudações monárquicas
Eu sei Vítor, tiveste alguma coragem, atacas-te finalmente a tal gordura, mas pegaste o toiro de cernelha, e na cernelha arrancas-te carne verdadeira. A carne seca das magras reformas. Havia outra maneira, e tu sabes qual era – o tecto, Vítor, estabelecer um tecto nas remunerações (e reformas) da função pública. Essa é que era a pega de caras.
E qual seria o tecto?! Se me fazes a pergunta assim eu respondo-te com outra pergunta. Vá, vamos raciocinar os dois em voz alta (como gostas de responder!) – quanto é que podes pagar em média aos 750.000 funcionários que recebem directamente do orçamento de estado? Ou melhor, quanto é que achas que podes pedir emprestado ao estrangeiro (a juro alto), mês após mês para ficar tudo na mesma?! Tu é que sabes, tu é que és o feitor deste regime.
E por falar em regime julgo que tens consciência que ainda não chegámos às reformas estruturais, e é isso que me preocupa, e preocupa os credores. Aliás essa é uma exigência da troika. Eles sabem (até para segurança dos seus créditos) que sem reformas estruturais Portugal não vai a lado nenhum, nem estará em condições de pagar o que deve.
Vítor, tu és inteligente e sabes que as reformas estruturais têm a ver com alterações de natureza política. Têm a ver com alterações constitucionais e nessas ninguém quer ouvir falar. Mas sem essas alterações Portugal não muda para melhor.
Vamos continuar a raciocinar em voz alta: - por exemplo, a propósito das funções do estado, tu achas que a educação deve ser entregue a funcionários públicos? Funcionários aos milhares, e quer sejam competentes ou incompetentes, não podem ser despedidos?! Consegues perceber esta fixação na educação pública a não ser para propaganda do regime e dos seus ideais, obviamente partidários?! O que se disse para a educação pode alargar-se a outras áreas onde o estado deve intervir, mas apenas para fiscalizar ou regular a respectiva actividade. Fiscalizador implacável mas imparcial. Em nome da coisa pública.
Portanto, Vítor, controla lá o défice, mas não te esqueças das reformas estruturais.
Saudações monárquicas
segunda-feira, outubro 10, 2011
Feios, porcos… e de esquerda!
Nem sei por onde começar, talvez pelas múmias mais visíveis, a Avillez, por exemplo, muito estado novo (antes), socialista fina depois! Ou pela Constança, com a prótese a gaguejar! E a Edite, coitada, imprópria para consumo! Todas elas a bolsarem coisas ininteligíveis contra o Jardim! E eles! Descoroçoados, a ‘explicarem’ ao povo que o Alberto João tinha perdido as eleições! Os Daniéis do aborto, dos casamentos gay (que o Jardim não autoriza na Madeira) daí a raiva surda contra o ilhéu; e a esquerda toda, derrotada em toda a linha! E os democratas de conveniência! Como o ‘inseguro’ socialista! Que à última hora e pressionado pelos media, apareceu para mais uma lamentável declaração! Que dizer de toda esta tralha de Abril, sociais-democratas incluídos?! Sim, e o Marcelo a engolir o sapo do CDS! A engolir o Portas do centro capachinho! Meu Deus, uma tragédia grega… E por falar em tragédia, viram a maçonaria a jogar tudo por tudo com a renúncia do Carlos César! Viram?! Um último esforço (patético) para condicionar as eleições na Madeira! Ética republicana, dizem eles, com o rabo de fora, digo eu! Por aqui se percebe que esta democracia (de raiz napoleónica) é um mero expediente para justificar (e esconder) o seu verdadeiro desígnio – o poder pelo poder. E quando não serve esse fim, quando o adversário a utiliza a seu favor, então já não vale, há batota, há irregularidades! Mas quem é que ainda acredita nisto?!
Passemos finalmente à Madeira: - Alberto João Jardim ganhou contra tudo e contra todos, conseguindo inclusive nova maioria absoluta. O continente tentou desvalorizar a vitória alegando que em votos escrutinados não chegou aos 50%. É verdade, mas ninguém quis concluir que os votos perdidos por Jardim foram directamente para a direita e não para a esquerda. Aliás seguindo uma tendência que já vinha das últimas eleições em Portugal. Será o fim do PPD/PSD/malta do estado novo, reciclada em social-democrata pós o 25 de Abril. E ainda bem para clarificação do leque partidário.
Uma última palavra sobre a única crítica que Alberto João merece, não de hoje, mas de sempre. Crítica bem lembrada pelo Maltez semi-monárquico: - reporto-me ao referendo sobre a regionalização em que o autarca madeirense votou contra aquilo que gosta de ter no seu cantinho atlântico, a saber: – autonomia e consequente capacidade reivindicativa. De resto, gostei de o ouvir dizer que o seu partido é a Madeira. Eu replico que o meu partido é Portugal*.
Saudações monárquicas
Passemos finalmente à Madeira: - Alberto João Jardim ganhou contra tudo e contra todos, conseguindo inclusive nova maioria absoluta. O continente tentou desvalorizar a vitória alegando que em votos escrutinados não chegou aos 50%. É verdade, mas ninguém quis concluir que os votos perdidos por Jardim foram directamente para a direita e não para a esquerda. Aliás seguindo uma tendência que já vinha das últimas eleições em Portugal. Será o fim do PPD/PSD/malta do estado novo, reciclada em social-democrata pós o 25 de Abril. E ainda bem para clarificação do leque partidário.
Uma última palavra sobre a única crítica que Alberto João merece, não de hoje, mas de sempre. Crítica bem lembrada pelo Maltez semi-monárquico: - reporto-me ao referendo sobre a regionalização em que o autarca madeirense votou contra aquilo que gosta de ter no seu cantinho atlântico, a saber: – autonomia e consequente capacidade reivindicativa. De resto, gostei de o ouvir dizer que o seu partido é a Madeira. Eu replico que o meu partido é Portugal*.
Saudações monárquicas
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*Não confundir com 'república portuguesa'. Ler sobre o assunto um artigo muito bem escrito por Gonçalo Portocarrero de Almada no jornal Público de 5 de Outubro de 2011.
quinta-feira, outubro 06, 2011
Festa barulhenta em Belém!
Ontem houve festa rija em Belém! Até às tantas! Os acordes atravessaram o rio, chegaram à minha cama na outra banda, acordaram-me, e quando esmoreceram já alguns portugueses (otários por certo) íam a caminho do trabalho!
Que importa isso se era preciso comemorar em Belém o nascimento de uma república que não acredita Naquele que nasceu em Belém!
- Ai, não seja antipático, que o ‘nosso’ Presidente é uma pessoa muito crente e casta;
Pode ser, mas parece que a festa até meteu um Relvas para... ser tudo tão real! Só não houve assassínios prévios;
- Que mau gosto! Está outra vez a exagerar – este Relvas é dos Relvas bons, só é Relvas de nome; além disso, hoje pratica-se a tolerância, as vossas procissões já podem sair do adro da Igreja; como vê, está tudo muito diferente, você é que continua com esse mau feitio;
Bem, seja, o facto é que me acordaram, e com toda a franqueza não vejo grandes motivos para festejar o protectorado em que nos transformámos! O Afonso Henriques não ía gostar concerteza. Ainda por cima governados por uma troika que ninguém conhece!
E se quer que lhe diga, chega de celebrações. Já demos essa matéria - um ano a consumir milhões de euros (do orçamento de estado) para doirar a pílula centenária! Já chega. ‘Pílula’ que afinal sempre foi subsidiada!
Saudações monárquicas
Nota da redacção: A populaça que assistiu entusiasmada ao batuque republicano não está hoje a trabalhar. Pelo menos a trabalhar em condições. Devem ser ‘jovens’ e toda essa massa informe que vive dos subsídios, quer dos papás, quer da segurança social.
Que importa isso se era preciso comemorar em Belém o nascimento de uma república que não acredita Naquele que nasceu em Belém!
- Ai, não seja antipático, que o ‘nosso’ Presidente é uma pessoa muito crente e casta;
Pode ser, mas parece que a festa até meteu um Relvas para... ser tudo tão real! Só não houve assassínios prévios;
- Que mau gosto! Está outra vez a exagerar – este Relvas é dos Relvas bons, só é Relvas de nome; além disso, hoje pratica-se a tolerância, as vossas procissões já podem sair do adro da Igreja; como vê, está tudo muito diferente, você é que continua com esse mau feitio;
Bem, seja, o facto é que me acordaram, e com toda a franqueza não vejo grandes motivos para festejar o protectorado em que nos transformámos! O Afonso Henriques não ía gostar concerteza. Ainda por cima governados por uma troika que ninguém conhece!
E se quer que lhe diga, chega de celebrações. Já demos essa matéria - um ano a consumir milhões de euros (do orçamento de estado) para doirar a pílula centenária! Já chega. ‘Pílula’ que afinal sempre foi subsidiada!
Saudações monárquicas
Nota da redacção: A populaça que assistiu entusiasmada ao batuque republicano não está hoje a trabalhar. Pelo menos a trabalhar em condições. Devem ser ‘jovens’ e toda essa massa informe que vive dos subsídios, quer dos papás, quer da segurança social.
quarta-feira, outubro 05, 2011
Cinco de Outubro
Estão podres as paredes do meu quarto
Lá fora só há escombros e ruínas
O mundo não me traz as novidades
E tu só me contas adivinhas!
.
As terras de Laredo vão ardendo
Pois não há império que resista
A europa agoniza e vai sofrendo
E tu só me pedes que desista!
.
Ergui o meu estandarte contra o vento
Azul, mais azul que o mar revolto
Subi aonde sobe o pensamento
E cantei a minha mágoa em verso solto!
.
Explicação: Hoje reli o poema e resolvi alterá-lo. É aquilo a que chamo poesia evolutiva! Os sábios estão mal, além disso eu trato os sábios por tu, portanto, em lugar dos sábios que só receitam adivinhas, fica assim - 'e tu só me contas adivinhas'. Estabelece uma melhor relação com a estrofe seguinte, a ideia mantém-se, mas com a vantagem de uma maior clareza. Digo eu. E já que estou em maré de explicações/justificações, empreguei a expressão 'Laredo' referindo-me à crise americana e ao natural declínio do respectivo império. Por ausência de rival. É também por isso que se está a esvaziar o poderio dos States. Quanto à Europa socializante e relativista estamos conversados. É pena. Ah, Portugal... 'estão podres as paredes do meu quarto... 'lá fora só há escombros e ruínas...'
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