segunda-feira, outubro 29, 2018

As lulas de cá!


Quem tenha assistido ao espectáculo parcial e degradante dos nossos media, a propósito das eleições no Brasil, terá percebido, se não for muito estúpido, que somos governados por uma espécie de PT onde só faltam os recordes de criminalidade nas ruas. Lá chegaremos por este andar. Porque quer na corrupção, no compadrio, na obesidade do estado ou na impunidade da nomenclatura, as parecenças são muitas. Há uma diferença importante: - enquanto os brasileiros querem acabar com essa vergonha, nós não queremos. E por isso bolsamos palavras politicamente correctas sem percebermos como o mundo mudou ou está a mudar. Orgulhosamente sós mas sem império que o justifique. Idiotas apenas.

Saudações monárquicas


Nota: Algumas locutoras da nossa praça estremeceram incrédulas quando Bolsonaro invocou Deus e alguns versículos bíblicos! A intoxicação ideológica costuma ter este tipo de reacções. Se fosse nos Estados Unidos onde o voto das Igrejas protestantes é decisivo para eleger o presidente americano, aí já não lhes fazia confusão. Desde que não fosse Trump a rezar, bem entendido. Como não lhes faz confusão que Israel seja uma teocracia ou que o chefe da Igreja anglicana seja o rei de Inglaterra. A ignorância que gera o fanatismo tem destas coisas. Ou será ao contrário?!

quinta-feira, outubro 25, 2018

Cristas e o 'irritante'


Para quem não esteja familiarizado com o novo vocabulário político a palavra 'irritante' é agora utilizada para significar alguma coisa que atrapalha a popularidade do regime e ninguém do regime tem coragem para enfrentar e resolver. Acontece muito nos diferendos com as ex-colónias onde normalmente fazemos figuras tristes e vai acontecendo um pouco por todo o lado quando queremos ficar bem na fotografia. E tinha que acontecer com a líder do CDS Assunção Cristas.

Excessivamente preocupada com a imagem Assunção deu uma entrevista ao Público onde entre as ninharias do costume resolve dar mais um tiro no pé ao referir-se ás eleições no Brasil. Diz ela que se tivesse que votar optaria pela abstenção o que não deixa de ser estranho para alguém que se assume como profissional da política. Mais estranho ainda porque Cristas aparece sempre com um discurso contra as esquerdas unidas em Portugal, vulgo geringonça, mas não compreende que no outro lado do Atlântico os brasileiros queiram acabar com essa trágica governança!

Ou compreende mas tem medo do 'irritante'. Tem medo que a confundam com a 'direita populista', um rótulo inventado pela esquerda para condicionar quem tem medo. Tem medo que alguém a alcunhe de fascista. O problema é que quem tem medo não pode andar na política. Muito menos ter aspirações de representar a direita. Daí o CDS não ter nenhuma visão para Portugal substancialmente diferente daquela que a esquerda tem. Daí o CDS não ter hipóteses de crescer. Daí Cristas não ter crista.



segunda-feira, outubro 15, 2018

Regimento de Infantaria 11 - almoço anual - agradecimento!



Saudades do 'Onze'
À beira do Sado
Palavras de bronze
Alma de soldado

Está tudo caiado
Tem quartos de hotel
Rancho melhorado
Mas foi-se o quartel

A porta sem armas
Perdeu-se o paiol
E os teus 'amarelos'
Já não brilham ao sol!

Ficou do que havia
A marcar o ponto
Toda a nostalgia
Deste breve encontro!


João Menezes, em 13 de Outubro 2018


Agradecimento ao camarada de armas Álvaro de Oliveira grande impulsionador destes encontros.




sexta-feira, outubro 12, 2018

A nova procuradora e a velha dúvida...


Há uma lei de ferro sobre a teoria das conspirações, elas são directamente proporcionais ao grau de suspeição existente em determinada sociedade em determinada altura. Suspeição que envolve evidentemente o regime e os seus diferentes poderes. Em Inglaterra, por exemplo, as teorias da conspiração não medram porque os ingleses de uma maneira geral confiam quer no sistema político quer no sistema judicial em vigor. Lá não existe preocupação quando um procurador ou juiz é substituído por outro e descendo ao terreno do futebol, os árbitros para os ingleses não são motivo de conversa permanente ou desconfiança sistemática. Exactamente o contrário do que se passa em Portugal onde desconfiamos de tudo e de todos. Esta diferença comportamental não se explica por si própria tem de haver uma causa, para além das naturais diferenças culturais entre os dois povos. Citei a Inglaterra mas podia ter dado o exemplo da Dinamarca ou do Japão. Pois bem a conclusão que quero retirar já a conhecem os leitores e por isso fico-me por aqui.

Mais tarde, noutro postal, talvez possa desenvolver a minha teoria da conspiração sobre as vantagens da nova procuradora quer para António Costa quer para Marcelo. E já agora as desvantagens para Sócrates apesar do brinde à substituição. Deixo aqui os tópicos do guião: - a senhora Gago, obrigada pela opinião pública a seguir os passos de Joana Marques Vidal, não vai ter outro remédio senão remover Sócrates da cena política. No fundo o grande objectivo de Costa, do partido socialista, e do regime republicano representado por Marcelo. E desta vez ninguém pode reclamar falta de isenção. A mesma teoria estende-se à caricata substituição do juiz Carlos Alexandre por Ivo Rosa. Este também tem pouca margem de manobra face àquilo que já é do conhecimento público. E não vai haver a vingança de Sócrates. Que podia dar outra teoria e outro filme. Algum suspense também faz parte.


Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 09, 2018

Ela sim!

Contra os corruptos d'aquém e d'além mar, contra as quadrilhas instaladas no poder, descrente dos homens providenciais, apresentem-se eles pela direita ou pela esquerda, só a monarquia poderá trazer paz e prosperidade ao Brasil! O resto são cantigas de quem vê o 'tacho' a fugir.

Quer isto dizer que não percebo o voto dos brasileiros?! Claro que percebo. Desiludidos com as promessas da esquerda, com o fantasma venezuelano no horizonte, os brasileiros não têm outra opção que não seja escolher alguém que, para já, não faz parte do jogo viciado. E esse alguém é Jair Bolsonaro.

Naturalmente que é fácil perspectivar que no futuro o mais provável é que o regime acabe por contaminar também o Partido Social Liberal. Essa é a lógica do regime republicano. Desde sempre e em toda a parte. Mas as Cassandras disso não falam. E não falam porque se falassem teriam que admitir que há outra solução para além da república. Uma solução que ao mesmo tempo que preserva a vontade da maioria, impede que as minorias organizadas (lobbies, gangs, quadrilhas, etc) assaltem o poder. Essa solução chama-se monarquia. Um seguro de vida para a democracia. Pena que não faça parte da ementa quer no Brasil quer em Portugal.*


Saudações monárquicas

*Verdade seja dita que os brasileiros tiveram a oportunidade de mudar de regime no referendo realizado em 1993. Preferiram manter a república e por isso podemos dizer que têm aquilo que escolheram... ou aquilo que merecem. Mas os portugueses nem essa oportunidade tiveram.

sexta-feira, outubro 05, 2018

A reputação da república!




No dia em que se celebra mais um aniversário do regime as notícias são as seguintes:

Ronaldo contrata 'advogado das celebridades', especialista em casos de abuso sexual, para defender a sua reputação! A linha da defesa não deve fugir ao esquema habitual - como se trata do melhor jogador do mundo, herói nacional e grande goleador, só pode estar inocente.

Benfica, acusado de corrupção, contrata os melhores advogados portugueses para defender a sua reputação! Aqui vale o célebre ditado - os homens passam e as instituições ficam! Nesse sentido as pessoas colectivas são inimputáveis e transformam-se em locais privilegiados para a prática de toda a espécie de ilícitos. Bem visto!  

Entretanto continuamos a aguardar pelos desenvolvimentos do processo Marquês onde vão acusados de corrupção, entre outros crimes, um ex-primeiro ministro e uma série de individualidades muitas delas medalhadas por altos serviços prestados à república!

E finalmente temos o 'caso de Tancos' que abala a reputação de qualquer um!


Saudações monárquicas


Nota: Face aos acontecimentos acima relatados creio que a bandeira da Carbonária, organização terrorista que levou o partido republicano ao poder, se enquadra melhor, quer na data quer no estilo. Vejam isto como uma homenagem. E é tão parecida com a actual...

terça-feira, outubro 02, 2018

A dialéctica


É possível que estejamos no limiar de uma nova era, uma era que irá desmentir todas as palavras de ordem que nos azucrinam os ouvidos! Não descobri isto hoje, estou a guiar-me pela dialéctica. Assim e usando este conhecido método de análise histórica o mundo será exactamente o contrário do que alguns (e algumas) proclamam. Por mais barulho que façam.

Será também mais misógino do que é. Misógino no sentido do isolamento, da solidão, e esse é um dado dos tempos modernos. E para quem sonhe ter uma carreira política, o mais avisado, sabendo o que sabemos hoje, é evitar quaisquer contactos com o sexo oposto, pois chegará o dia em que será denunciado por algum abuso.

E por falar em sexo, temo que a sua prática, erigida em dogma libertário, ginástica rítmica ou acontecimento primaveril, venha no futuro a ser oficialmente vigiado, a pagar imposto ou alguma coima. Por mau uso. O abuso é na secção acima.

Um exemplo. Quando lemos a palavra de ordem – 'ele não' – o mais certo é  Bolsonaro ser eleito presidente do Brasil. E se não for agora, será apenas um adiamento do inevitável. As acusações que pendem sobre o candidato são as habituais: misógino, machista, fascista, etc.   


Saudações monárquicas

(Com a devida vénia, fotografia retirada do artigo de Helena Matos no Observador - A liga das mulheres extraordinárias)