Há um conjunto de confrarias e
instituições que nunca têm qualquer responsabilidade no que acontece, quer em
sua casa quer á sua volta. Os códigos jurídicos chamam-lhes inimputáveis. Seja
por menoridade, por deficiência mental, falta de personalidade jurídica ou
qualquer outro motivo, não podem ser culpabilizados. E toda a gente concorda
com isso. Neste grupo de inocentes surgem à cabeça as associações discretas que
apoiam a república e também, curiosamente, alguns clubes de futebol! Clubes que
de certa forma são a parte lúdica do mesmo regime. Por exemplo, se um dirigente
comete quaisquer ilegalidades no exercício do seu cargo, ilegalidades que
favoreçam ou desfavoreçam o respectivo clube, é certo e sabido, que tal
dirigente só será confrontado pela justiça quando deixar o cargo. O clube,
esse, mantém-se inocente! Dito isto, e embora os tempos pareçam ter mudado, não
é de esperar grande coisa de notícias que noutros quadrantes seriam por certo
de grande gravidade, mas que em Portugal, com a preciosa ajuda da comunicação
social, serão mortas à nascença. Quando me refiro a outros quadrantes estou a
imaginar o que aconteceria em Inglaterra e ao campeonato inglês!
Saudações monárquicas